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Caros, boleiros!!!

Como um dia cantou o poeta, "dia de luz, festa de sol, e a bola a deslizar, num gramado exemplar". Sol ameno a não tostar as faces rosadas desprotegidas de um bloqueador solar número 30 e chuva somente de gols. Esse foi o panorama da ASTRA 21 na manhã deste sábado. Grandes jogos com lances de emoção, disputa leal, vitória sofrida ou no fim do jogo, derrotas frustrantes, mas nada, absolutamente nada apaga a aura de alegria e camaradagem entre os praticantes do mais importante e fantástico esporte já inventado pelo homem. O futebol, um dia chamado de "alegria do povo", é jogado fácil na relva bem trabalhada da ASTRA 21, e o clima de amizade entre todos, ao fim de cada jogo, é o combustível para mantermos um campeonato tão longevo.    

Ultrapassada a inspiração do resenheiro madrugador numa manhã triste, cinza e chuvosa que lhe frustrou os planos de fazer uma caminhada e tomar um banho de mar, resta sentar de frente para a tela branca e digitar caracteres a espelhar o que ocorreu na ASTRA 21 e contar para quem não foi e não viu.  

A poderosa SEA/REAL chegou como favorita na rodada de fechamento da 4ª rodada. O TJ, mesmo tendo sido a sensação do 1º turno, até então não passava a mesma confiança, e as vitórias então conseguidas nas duas primeiras rodadas foram ofuscadas pela derrota para os Advogados.

O enredo do jogo foi apresentado já no primeiro minuto, quando Waltinho abriu o placar e obrigou a SEA/REAL a correr atrás do prejuízo durante todo o primeiro tempo, sem sucesso. Porém, os 30 minutos foram jogados com intensa vibração com diversos gols perdidos por ambos os lados. A dupla Bruno Motta e Peixoto, Tatuta, Ruan, Waltinho, Neilson, Miltão, todos eles tiveram oportunidade de mexer no placar que se manteve unitário.

A SEA/REAL voltou mais ligada no segundo tempo e Marx proporcionou o primeiro vira-vira aos 44 e 49 minutos. O jogo ficou completamente aberto e, num lateral cobrado com os pés, a bola foi lançada na área para Neilson raspar de cabeça e deixar tudo igual. Porém, no último lance da partida, Waltinho, sempre ele, deu a importante vitória ao TJ.

Os momentos que antecederam o jogo entre Meia Boca Jrs e o Parquet poderia ser considerado o prelúdio de um massacre. O MB, vencedor do primeiro turno e mordido pela derrota de quatro na rodada anterior, tinha pela frente um adversário com sete derrotas consecutivas. Todavia, quem freqüenta a ASTRA 21 semanalmente sabe que o Parquet vende caro as suas derrotas. O adversário tem que suar para passar por cima de Giovanni e Cia.

E o capítulo não foi diferente, com a surpresa de que a abertura do placar foi do MP com Giovanni aos 11min. Somente aos 28min, numa bobeira do goleiro Gilmar que era o destaque do jogo, Walter, "the Waiter", de biquinho de chuteira passou de garçom a consumidor final e empatou a partida.         

Dudu virou o jogo no início do segundo tempo, mas Giovanni, de novo, deixou tudo igual. Ciro, Jean e Sid completaram o placar e garantiram os três pontos suados.

Na próxima semana teremos SEA/REAL x Parquet e Piratas x TRE. Rodada importante e qualquer tropeço pode custar até mesmo a classificação.

Coluna do Kolluna

1) Iniciar os comentários da semana parabenizando os americanos pelo acesso e a saída do "inferno". O medo dos americanos era o time permanecer 8 anos na Serie D e passar a ser chamado de Red Label;

2) A expectativa, antes do início da rodada, era o medo da "lei do ex", já que Walter, ex-SEA/REAL, agora no TJ, iria enfrentar seu ex-time pela primeira vez. Porém, o outro Walter, o "Waiter", é que foi o protagonista ao balançar as redes do Parquet;

3) Aliás, ontem teve gol de Waltinho e Walter "the Waiter". Se estivessem em campo também fariam gols Fritz Walter, Walter Casagrande Jr, Mano Walter, Walt Disney, até Walter Alves iriam para a galera, mas Walter, do TJ, passou em branco. Ta devendo!!!;  

4) O goleirão Gilmar vinha sendo o destaque do jogo entre Parquet e Meia Boca Jrs com defesas corajosas e arrojadas. Evitou o empate com uma saída providencial, mas tocou com a mão fora da área. Levou o cartão amarelo, abafou a cobrança da falta, mas achou de catar milho na frente da área e levou o gol oportuno. Goleiro fora da área tem que chegar arrepiando com os pés;

5) Parte do time da SEA/REAL começou a concentração para o jogo já na sexta-feira. O segundo tempo começou tão logo terminou a partida;

6) Waltinho (TJ) se distancia na briga pelos artilheiros. Ciro (MBJrs) voltou a marcar. Jeremias continua a acertar a trave. Dessa vez foram duas vezes. Bola na trave não altera o placar. E o jejum continua. Situação pior só Brandão (TRE) que acabou a sacola de gols num único jogo;

7) No Parquet há sempre um ineditismo que é revelado pelos que fazem as arquibancadas e chegam com essas pérolas no ouvido do resenheiro. Primeiro foi Marcus Vinícius que nunca tinha feito um gol, senão contra. Depois Flávio que só joga de meiões arreados em homenagem a Renato Gaúcho. Agora Giovanni que nunca tinha feito dois gols num jogo, nem em pelada com tampinha de garrafa no recreio quando ainda estava no Colegial;

8) Sid "Bolt", até os 50min quando finalmente fez seu gol, era somente "Se", tal a quantidade de gols que perdeu;

9) Aquelas frases icônicas que você ouve num campo de futebol e não esquece: "Olha o tamanho da barriga dele" (Thalysson, treinador do MBJ, reclamando com seu atacante que não ganhou na carreira para um barrigudo adversário);

10) Ao lermos, à distância, o nome Bezerra nas costas do uniforme do atacante do Parquet, a ilusão de ótica provoca a leitura de BENZEMA. Na prática, onde se lê Benzema, leia-se Bezerra. Literalmente;