29
MAR
2015
GORDINHO DO REAL EM REGIME DE GOLS. MEIA BOCA COM DIREITO A ENTRADA, PRATO PRINCIPAL E SOBREMESA. SE
Em 18.04.2007, eu e Gilson "Mamu" desembarcamos no Rio de Janeiro para uma reunião da Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho que, a princípio, seria realizada lá no segundo semestre (terminou sendo em João Pessoa/PB).
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GORDINHO DO REAL EM REGIME DE GOLS. MEIA BOCA COM DIREITO A ENTRADA, PRATO PRINCIPAL E SOBREMESA. SE
Em 18.04.2007, eu e Gilson "Mamu" desembarcamos no Rio de Janeiro para uma reunião da Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho que, a princípio, seria realizada lá no segundo semestre (terminou sendo em João Pessoa/PB). Naquele dia o Flamengo jogava, à noite, contra o Real Potosi, clube boliviano que estreava na Libertadores. Chegamos ao hotel e perguntamos ao porteiro se era necessário se adiantar para comprar o ingresso do jogo antes ou bastava na hora. Ele respondeu com uma frase que até hoje guardo comigo: "Flamengo é Flamengo". A linguagem peculiar do porteiro carioca pode ser considerada um enigma para os que não simpatizam pelo manto sagrado rubro negro. Mas para quem faz parte dessa nação, a resposta quis dizer que era melhor garantir o seu ingresso o quanto antes, pois a torcida do Mengão é fiel.
Aquele jogo, às 21:40h de uma quarta-feira, terminou 1x0 para o Flamengo, com público de 14.694 expectadores pagantes.
A história acima chama a atenção para a atual falta de público nos estádios de futebol. O último clássico-rei potiguar, realizado no Frasqueirão em 01.03, teve público de 6.554 torcedores. Por coincidência, a decisão do 1º Turno entre Alecrim x América, domingo passado na Arena das Dunas, repetiu o mesmo público. Reconheçamos que ambos é lotação pífia para um clássico e uma decisão de turno.
O que está afastando o torcedor do estádio? Ouso responder com vários fatores sem sequência de importância. Violência, preço dos ingressos, ausência de transporte eficiente, proibição de comércio de bebida alcoólica dentro do estádio, horário inconveniente, falta de ídolos e a TV. Não há como dizer o que afeta mais ou menos, o que é mais importante ou que mais influi nessa difícil equação que é fazer futebol hoje em dia. Porém, insisto que a falta de qualidade no espetáculo, invariavelmente, afasta o espectador. Se vier um Chico Buarque ao Teatro Riachuelo vai cobrar R$ 400,00 o ingresso e lotará duas ou três noites seguidas. Mas se Gilliard exibir-se no mesmo local cobrando R$ 40,00 não garante 20% de lotação em única apresentação. Falta jogador, falta categoria e faltam ações de marketing a atrair o público. Tenho certeza que se tivéssemos jogadores melhorzinhos - não precisa ser excepcionais - o torcedor sairia de casa, pagaria o ingresso, mesmo que o valor não fosse tão acessível, pois nada como assistir uma partida de futebol ao vivo, sentindo o calor do momento. No entanto, não bastassem todos esses fatores, ainda temos a televisão a concorrer negativamente. A TV hoje domina o futebol. Banaliza o esporte ao transmitir jogos todos os dias, independente da qualidade. Ademais, por financiar os clubes, impõe horários ultrajantes e que não respeitam o torcedor. Jogos às 22h em dias de semana ou mesmo 18:30h num domingo não justificam, nem às 10h da manhã, como foi ABC x Águia em 2010.
Enfim. Os quase 15 mil torcedores pagantes no jogo do Flamengo em 2007 não correspondeu a 1/5 da capacidade do antigo Maracanã, à época. Mas 15 mil pessoas numa 4ª feira às 22h contra um clube da Bolívia é demonstração de amor ao clube. Afinal, na sabedoria do porteiro do hotel, "Flamengo é Flamengo".
Um mês antes, havia estado no mesmo Maraca para assistir um Flamengo x Vasco, desta feita com Camilo (Confiança), quando Romário fez seu 999º gol. Mas essa é uma história para outra resenha.
(...)
Abertura da 3ª rodada com um jogo que chamava a atenção. Como se comportariam Real Natal x Meia Boca após derrota do primeiro e empate do segundo na rodada anterior. O Real se mostrando um adversário chato, tinhoso, que fez a SEA suar e o TJ rebolar nas partidas anteriores. O Meia Boca mordido pela derrota para o seu principal adversário.
A grande expectativa era a de como se daria o duelo entre o avante gordinho sensação Junney "Walter" e o beque Claude "Beto Fuscão". Uma atração à parte para os inúmeros devotados que num dia de jogo dessa natureza se concentram nas arquibancadas e atrás do gol da piscina em números a fazer inveja a alguns jogos do nosso campeonato estadual.
Bola
daqui, bola dali, pá daqui, pá de lá e o Real Natal abre o placar, mostrando
que o verde-limão-quase-amarelo-quero-ser-barcelona de sua camisa não é sinal
de inexperiência, mas um amadurecimento paulatino. Em tempo: Paulatino
quer dizer pouco a pouco, gradual e não tem nada a ver com o órgão sexual do
Belchior (eu sou apenas um rapaz...).
O gol do Real não foi do esférico centroavante, mas do eficiente meia Jeferson que além de saber tudo de bola é uma enciclopédia acerca dos assuntos referentes ao futebol potiguar. Sabe até qual a torcida organizada que Charles Elliont era membro antes de ser essa autoridade no apito. O MB só empatou no fim do primeiro tempo, após depois de ter mandado duas bolas na trave.
Vê-se que o Meia Boca ainda não alinhou a pontaria dos seus jogadores. Esse defeito também se mostra nos concorrentes. Tudo efeito do início de temporada. Times ainda se ajustando a maneira de jogar. Reconhecendo antigos ou se acostumando com novos companheiros (sem duplo sentido). O seu toque de bola, uma das maiores virtudes em razão da qualidade de seus atletas, ainda não está 100%.
Como o circunferente homem-gol do Real Natal não produziu, o motorádio da partida ficou com o Curinga. O vilão do jogo. Santas bolas roubadas na defesa do Real, Batman!!! Se na estreia chegou com status de salvador da pátria e andou em campo sem chamar atenção do resenheiro, ontem ele bateu perna e jogou por ele, Juninho e o resto do time.
A goleada somente se evidenciou no cansaço do Real exatamente por falta de banco. E o 5x1 terminou sendo um placar justo.
Na partida de fundo a SEA, com duas vitórias, chegou pronta para dar o bote em cima dos Piratas, tradicional lanterna da ASTRA 21. Lanterna, sim. Na verdadeira acepção da palavra. Lanterna é luz, claridade, brilho. O time dos Piratas é o farol balizador das vitórias. Mesmo o menos preparado, o de menor poderio entre os demais participantes, ao jogar com os bucaneiros já pressentem o doce sabor do triunfo. Com um detalhe, porém, que merece, sempre, ser enaltecido. Os Piratas caem, mas caem de pé, sem violência. Na derrota de sempre, seja por placar elástico ou por diferença pouca de gols, o que se vê nos seus jogadores é a irreverência de Zé do Carmo querer um drible mais abusado, ou a tentativa de Tião acompanhar a arrancada de um Helinho, ou mesmo Virgílio fazer um gol de placa. Pancadas? Não. Esse não é o enredo do time. Por isso a reverência de todos ao eterno lanterna que é o clarão do nosso campeonato.
Discurso bonito que serve de vaselina na hora que o jogo começa. Vaselina para o mequinha de Pium, como as línguas, boas e más, andam popularmente chamando a nova SEA.
Se o líder achou que ia afundar o barco dos Piratas com facilidade, ledo engano. Encontraram uma resistência típica da Marinha Britânica, como os verdadeiros senhores dos mares. O maestro Mastrocola conduziu seu time com a inteligência dos estrategistas. Quase um Jack Sparrow. Os corsários resistiram às investidas ferozes dos rubros - que um dia foram azuis - até o último minuto do terceiro quarto, quando Helinho, que tem feito a diferença na SEA, abriu o placar. O gol fez com que o barco afundasse sob as gélidas águas da Patagônia. Uma ducha fria que apagou a chama da lanterna. Dois gols em sequencia e a expedição naval foi a pique.
Com a vitória de 3x0 a SEA se isola na classificação.
Coluna do Kolluna FC
1) AVISO: As substituições de atletas deverão ser procedidas, impreterivelmente, pelo centro do campo, entre as marcas colocadas nas laterais em frente à mesa organizadora. A partir da quarta rodada (18.04), essa determinação passará a ser aplicada pelo árbitro, gerando admoestação ao atleta que substituir o companheiro;
2) Lembramos que o art. 19, parágrafo primeiro, do Regulamento cuida da hipótese de exclusão do participante. E não tem chorumelas!!!;
3) A OAB se prepara para passar a Semana Santa no Chile, disputando o Campeonato Panamericano de Advogados. Boa sorte aos amigos advogados;
4) Um dos símbolos de nosso campeonato, emblema maior de dedicação as coisas da ASTRA 21, membro da minha antiga diretoria e meu amigo pessoal Gibeon Camilo, errou. E quem não erra. Somos falíveis. A sua expulsão foi só um momento único. Não se repetirá, assim como nunca ocorrera antes;
5) Fazer resenha sem ter ido lá assistir aos jogos é f***;
6) Meu agradecimento aos amigos Max (RN) e Lindolfo (MB) por proporcionarem o conforto do deslocamento do Irmão Zé Carlos na minha ausência;
7) E essas vitórias sobre a França e o Chile alimentam esperanças ao torcedor brasileiro? Os números são a favor de Dunga. Vejo evolução tática na equipe. Mas não são meros amistosos e uma Copa América que livrarão tão facilmente o estigma do Mineiraço;
8) Nas pessoas dos companheiros do Confiança Monteiro, Denilson e Veríssimo, e em nome de cada equipe participante do 16º Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21, cumprimento a corporação do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Norte pelo trabalho incansável, diuturno e dedicado que culminou no resgate do corpo do cidadão sugado pela tubulação em Mãe Luiza. Como diz a letra do Hino dos Bombeiros "Rija luta aos heróis aviventa/Inflamando em seu peito o valor".
9) O campeonato volta em 11.04.2015 com dois jogões: Confiança x OAB e Bohemia x TJ;
10) Desse canto de página desejo a cada um dos participantes uma Páscoa cheia de paz. Páscoa é ressurreição. Que possamos ressuscitar o que de melhor temos em cada um.
Início da terceira rodada ficou assim. Confira!!!.
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