09
NOV
2015
DEFINIDAS AS SEMIFINAIS DO SEGUNDO TURNO DO XVI CAMPEONATO DA ASTRA 21
A zebrinha andou experimentando a grama verdinha da ASTRA 21, mas no fim do dia o que se viu foi a lógica e a classificação para as semifinais do segundo turno do Campeonato de Futebol não teve surpresas.
A
zebrinha andou experimentando a grama verdinha da ASTRA 21, mas no fim do dia o que se viu foi a lógica e a
classificação para as semifinais do segundo turno do Campeonato de Futebol não
teve surpresas.
A rodada cheia tinha dois jogos chaves:
o primeiro e o último. Já o segundo e o terceiro não seriam influentes. Vamos a
estes jogos. Piratas x Meia Boca era um resultado previsível em face da
exposição das equipes na tabela. A vitória do MB era dada como certa, o que lhe
elevaria a condição confortável de ser primeiro ou segundo lugar geral,
conforme os demais resultados, dando a vantagem do empate nas semis. O MB com
as ausências de Marcelo "Piu" e Patrocínio, enfrentou 9 (nove) Piratas com a
faca nos dentes. Sem seus principais, jovens e habilidosos jogadores, os
pernas-de-pau fizeram uma partida digna das mais alucinantes batalhas desde os
tempos em que Barba Negra singrava os mares bravios. Apesar de começarem
perdendo logo no comecinho da partida - o que prenunciava uma goleada -, os
Piratas se fecharam atrás e levaram o jogo no banho-maria, irritando os membros
do Meia Boca que tentavam furar o bloqueio, mas a bola teimava em não entrar.
Méritos indiscutíveis não apenas ao "esquema" ferrolho-suíço do time, mas
principalmente as defesas arrojadas e fantásticas de Romário, o melhor jogador
em campo. O goleiro dos Piratas não só fazia o seu nome debaixo das traves como
em muitos lances jogou de zagueiro, antecipando-se aos atacantes adversários e
saindo para o jogo com a bola dominada. O
1x0 foi sustentado até o último quarto quando a habilidade de Scala e o
oportunismo de Daniel quebraram as correntes que lacravam o gol bucaneiro. Os
Piratas se despediram do ano com uma partida épica e que merece todo o aplauso
dos que fazem o campeonato.
A primeira partida da tarde foi entre
SEA x Real Natal. A SEA cabisbaixa porque até horas antes aspirava uma vaga nas
semis. O Real Natal naquela condição de quem não alcançaria o G4 nem "seria
rebaixado". O jogo terminou se tornando um grande peladão, merecendo destaque,
porém, a defesa impressionante de Gilson Filho num chute venenoso de Ivonaldo
Buiu e a finta de corpo de Fantico que tirou Cristiano da jogada para marcar um
dos gols da SEA. De se enaltecer o
compromisso dos que foram jogar. Essas ocasiões separam os que participam do
campeonato porque gostam ou porque querem somente ganhar. Durante o ano valeu
até desfigurar o time e afastar os que tinham vinculação visceral com a equipe,
mas na última partida só foi lá quem tem verdadeiro sentimento pelo Campeonato
de Futebol da ASTRA. Sem possibilidade de ir mais longe no turno, não tinha um
alienígena na tarde de ontem. Porém, os nativos e que recebem da União estavam
lá em maioria. Final de jogo e placar de
Real Natal 5x2 SEA.
Encerrando o dia, com sol ameno e
iluminação precaríssima, Confiança x Bohemia entraram em campo em situações
interessantes. A equipe vencedora teria a vantagem nas semis. Confiança
vencedor pegaria o próprio Bohemia. Bohemia vencedor pegaria o Confiança.
Empate entre eles e os adversários seriam o Meia Boca para o Bohemia (este sem
vantagem) e o TJ para o Confiança (este com vantagem). Vale lembrar, porém, que
o Confiança em sua nova era nunca conseguiu vencer o TJ, inclusive amargando
duas derrotas este ano. As equipes vieram para o jogo com muitos desfalques,
mas o plantel de ambas é maravilhoso e o jogo foi bom mesmo assim.
A partida começou com o Confiança mais
presente jogando com Denilson e Damião no meio em velocidade com Alípio fazendo
o pivô. E assim nasceu o primeiro gol em uma tabela entre Denilson e Alípio. O
gol acordou os boêmios que passaram a pressionar o gol de Baguete, obrigando o
goleiro a fazer duas grandes intervenções em chutes de Paraguai e de
Wladimir. A partida ficou igual. Em uma
falta para os boêmios, Wilde ficou à frente de Baguete atrapalhando o goleiro e
Wilson Morais, autoridade máxima e com tanta moral quanto Charles Elliont,
marcou falta, aplicando a regra e chamando a atenção de todos que não sabiam
que essa regra existia. Tonho, que era o manda chuva na frente da área do
Confiança, arriscou subir ao ataque e na hora do arremate foi travado por
Paraguai, o legítimo, tendo a bola ido morrer no fundo do gol de Geleia. Dois a
zero Confiança. Placar traiçoeiro. Geleia ainda mostrou agilidade no fim do primeiro
tempo tirando com o pé esquerdo uma bola de biquinho de chuteira que Denilson
meteu.
No início do segundo tempo Alípio saiu
de jogo sentindo fisgada na coxa. Augusto Superior foi pro meio e Denilson
assumiu o ataque. Iniciava-se uma das mais belas e leais batalhas já vistas no
campo da ASTRA 21 em todos os tempos. Denilson versus
Campos. O Confiança chegou pertinho do
terceiro gol num lance e que Geleia se antecipou a Denilson e tirou a bola da
área, que caiu nos pés de Augusto Superior no centro do campo e sete mandou por
cobertura. A bola já descaía em direção ao gol adversário quando Denilson
surgiu para dominar, dando tempo da defesa do Bohemia aliviar. Como castigo, no lance seguinte Wladimir, que
fez grande jogo, descontou. Na volta
para o último quarto o Bohemia cresceu acuando o Confiança. Por muito pouco
Wilde não fez de cabeça, desviando de Baguete e tirando tinta da trave do
muro. A pressão deu resultado e num
chutaço da direita, Luiz Carlos empatou para os boêmios aos 27 minutos. O resultado parecia definido, mas as equipes
continuaram querendo jogo. Já nos acréscimos, Tonho cobrou escanteio de mangas
curtas rasteirinho para a entrada da área para a chegada surpresa de Laércio
que emendou para o gol, tendo a bola batido em Augusto antes de entrar no gol e
"matar" Geleia. Placa final de 3x2 para o Confiança. Um jogão cujo resultado
apimentou a semifinal, pois ambas as equipes vão se enfrentar e ninguém pode
prever as cenas do próximo capítulo.
A primeira partida do dia trazia a maior
expectativa. O Tribunal de Justiça necessitava de uma vitória para garantir seu
lugar entre os quatro classificados. O Santo Antônio era o adversário. Sem
nenhuma chance, mas disposto a encerrar sua participação no campeonato com
dignidade, honrando a confiança que a ASTRA
21 lhe deu quando entraram no campeonato no segundo turno.
Ninguém da SEA para secar o resultado ou
ver o vistoso uniforme amarelo com mangas negras que o TJ apresentou. Os
"concriz" estavam em campo, mas quem cantou mesmo foram os "santos". O TJ
entrou dormindo e o Santo Antonio começou a mandar no jogo, culminando com um
golaço de Paulo Henrique que roubou a bola no meio de campo, tocou para Esdras
que devolveu de calcanhar, deixando Paulo sozinho na cara do gol, tendo ainda
driblado Anderson antes de empurrar para o fundo do gol. Nem o gol foi suficiente para acordar todo o time
do TJ. Uma ou outra jogada mais incisiva, mas se via claramente que o time
estava nervoso. Aliás, o TJ tem disso. Faz partidas maravilhosas contra os
grandes (em especial o Confiança) e treme contra os times que não tem tanto
poderio. Marcos Alves e Marcelo "Jobson" que podem fazer a diferença não
estavam inspirados. Somente Paulo Cesar começava a se mostrar mais disposto a
buscar o resultado. Já a zaga o Santo Antonio parecia a bandeira soviética com
Eduardo "Foice" e Silvio Marreta "Martelo". O centroavante Guilherme parecia
mais o servidor Guilherme, tal a quantidade de gravatas que recebeu no jogo
inteiro. Mais 15 minutos de jogo e o paletó (de madeira) se faria juntar as
gravatas recebidas e ele iria se transportar para outro tapete verde, só que lá
no Morada da Paz.
Entre porradas e lances fortuitos e
engraçados começou-se a ver um bom futebol. O TJ empatou num chute de fora da
área de Paulo Cesar que Fernando entrou com bola e tudo. O gol tranquilizou os
amarelos que espantavam a amarelada. Numa tentativa de Fernando, o goleiro do
Santo rebateu para fora da área, chegando a bola no peito de Tarso. Ele matou a
bola como um verdadeiro Beckenbauer, levantou a vista como se fosse um Falcão,
deu dois passou com a elegância de um Ademir da Guia e chutou como um autêntico
Jacozinho, com a bola indo morrer (nome apropriado) na piscina.
Cresce o jogo. Anderson, o goleiro
careca amigo de Felipe (SEA) abafou chute de Eduardo. Silvio Iéié, ressuscitado
após várias rodadas, acertou um voleio na pequena área com perigo. Depois
demonstrou excelente colocação na área ao cabecear no gol em três escanteios. A
resposta do TJ veio com Guilherme e depois com Jajá, recebendo uma bola
açucarada de Marcos Alves. O 1x1 era
insistente até que Paulo Cesar surpreendeu o goleiro com um chute rasteiro de
fora da área. Logo depois Jajá também deixou o seu. Com isso as esperanças da
SEA acabaram. O placar se completou com um gol contra do clássico, técnico e
irrepreensível Silvio Marreta, além de Marcos Alves e Guilherme Vanin.
No próximo sábado teremos Confiança x
Bohemia e Meia Boca x TJ nas semifinais. Apesar de Confiança e Meia Boca terem
o empate como vantagem, eu não arrisco nenhum resultado. Serão dois grandes
jogos e vale a pena ir a ASTRA 21
sábado a partir das 7:30h para assistir.
Também chama a atenção a briga pela
artilharia. Marcos Alves (TJ) com 17 gols, Denilson (Confiança), Scala (Meia
Boca) e Helinho (SEA) com 16 gols, sendo que o último não
briga mais.
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