28
MAI
2015
CAI O ÚLTIMO INVICTO. SEIS BRIGAM POR QUATRO VAGAS. NINGUÉM ASSEGUROU A VANTAGEM DO EMPATE
Os resultados de sábado demonstraram o quanto é equilibrado o Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21.
O filósofo Neném Prancha, companheiro de
boleiros da primeira metade do Século XX como Mário Filho, Nelson Rodrigues,
Heleno de Freitas e outros, costumava dizer que "o jogo só acaba quando
termina". Eu achei de confrontar Neném ao antecipar, desde a quarta rodada, que
a SEA já estava classificada ao atingir 12 pontos em quatro vitórias
consecutivas. O mundo deu voltas, a SEA perdeu os dois jogos seguintes e corre
o risco de ficar de fora numa chegada de turno como nunca se viu em toda a
história dos 16 anos desse campeonato. E eu posso quebrar a cara.
Os resultados de sábado demonstraram o
quanto é equilibrado o Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21. Entre SEA x Meia
Boca havia uma igualdade. Numa loteria, o apostador cravaria o empate como o
placar mais evidente. Um mais esperto marcaria um dobro em face de ligeira
vantagem do Meia Boca por conta de uma série de aspectos que só o conhecedor a
fundo do campeonato sabe no que se refere a SEA. Já TJ x Confiança todas as
fichas eram apostadas no Confiança. O TJ vinha patinando. Precisa, ainda, de
quase um milagre para se classificar (duas vitórias contra os plantéis mais
poderosos). E milagres acontecem.
E a rodada começou com SEA x Meia Boca.
Bastou 5 minutos de jogo e a previsão do futuro se fez na bola, sem a
necessidade de ser bruxo ou ter bola de cristal. O MB entrou para ganhar o
jogo. A SEA inteiramente desordenada, totalmente envolvida, virou presa fácil
num dia em que o MB jogou "para as nêga ver". Que se enalteça a luta dos
guerreiros da SEA, mas sem orientação vinda de fora fica difícil. Cada um diz
uma coisa e, no fim, ninguém se entende.
Chegou uma hora em que Helinho assumiu o time e tentou resolver sozinho.
Mas futebol é coletivo. Ademais, Patrício "Ceni" estava impossível, evitando o
gol nas poucas vezes em que a SEA tentou ser aguda. A derrota da SEA lhe deixa na obrigação de,
ao menos, empatar na partida final com o Confiança. Uma terceira derrota
consecutiva pode custar à desclassificação.
Já TJ x Confiança fechava o dia de
grandes jogos. Um precisando fazer um dos trabalhos de Hércules, o outro
jogando por uma vitória que lhe garantiria o 1ª lugar antecipado. O TJ inteiro.
Ausente só o artilheiro Guilherme Vanin. O Confiança com alguns desfalques que
se tornaram peças-chave. Porém, mais do que gente para jogar, sobrou no TJ
vontade, disposição, garra, gana, culhão. O jogo era o último jogo do resto de
suas vidas. Só a vitória interessava. Era ganhar... ou ganhar.
As ausências do Confiança interferiram
na escalação. Sem Tonho na cabeça da área a reforçar a defesa, se fez
necessário que Veríssimo fizesse essa função. Com isso o Confiança perdeu a
força e mobilidade do negão. Alípio entrou de avante referência. Monteiro e
Denilson completavam a força de ataque. Nenhum dos três marcam. Sobrou para
quem estava atrás. Camilo e Augusto nas laterais tinham de fechar no meio para
reforçar as investidas rápidas de Marcos Alves, Fernando, Marcão e Wildson.
Marquinhos "Satanás" voltou a mostrar o seu futebol que estava sumido em todo
esse ano. Marcelo "Jobson" tomou conta do meio de campo. Tasso, Nilvan e
Cipriano foram monstros na defesa.
Múcio levou uma mordida predadora de
Veríssimo e teve de deixar o campo momentaneamente. Pôs gelo no local e voltou.
Mordido! A partir daí não perdeu mais uma jogada.
Enquanto isso o Confiança via o TJ
passear em campo. E os conflitos passaram a ser reflexo de um time
desacostumado com o revés. No fim do primeiro tempo o placar marcava dois a
zero para o TJ. A escrita se mantinha. Desde que o JURIS se transformou em Confiança
que não sabe o que é vencer os colegas do Tribunal de Justiça. Foram 04 empates
no ano passado. Uma invencibilidade de 23 jogos iniciada em março/2014 começou
a ruir.
E assim foi. No terceiro quarto
Marquinhos fez seu terceiro gol e matou o jogo. No fim, Augusto, meio sem
querer, meio sem acreditar que a bola entrou, fez o gol único do Confiança.
Alípio jogou boa parte da partida, mas dessa vez a bola não teve alma cachorra
e não lhe procurou para ser domada.
Porém, lembrem-se que todo esse esforço
do TJ pode não servir se não vencerem, também, o Meia Boca.
E os resultados deixaram a classificação
assim: Confiança 13; Meia Boca 13; SEA 12; Bohemia 11; TJ 10 e OAB 8; depois o
Real Natal com 1 e os Piratas com zero. A rodada de sábado é cheia. São seis por
quatro vagas. Só os fracos não têm vez...
Coluna do Kolluna F.C.
A coluna deixou de registrar semana
passada, mas nunca é tarde para lembrar o retorno da presença do advogado
Elacir de Freitas, o padrinho afetivo do Campeonato, fiel e assíduo expectador,
que após um breve inverno voltou a ocupar nossa Tribuna. Sua benção, padrinho;
Ninguém, em sã consciência, imaginaria
que a última rodada do primeiro turno seria tão igual. Nunca chegamos a rodada
final com a diferença tão pequena entre seis equipes e todas aptas a entrar. Só
Confiança e Meia Boca estão classificados, porém sem assegurar que terão a
vantagem do empate;
Alguns personagens cativos nas páginas
amarelas e vermelhas do site da ASTRA 21 quando o assunto é cartão têm dado
verdadeiro exemplo no ano de 2015. Laércio recebeu seu primeiro amarelo na 6ª
rodada. Quem diria?;
E o campeonato de 2015, literalmente, só
tem cobras. Até o réptil quis se unir aos jogadores de Confiança x TJ. Mas
Alexandre tomou as providências e espantou a bichinha;
Fim da 6ª rodada do primeiro turno.
Aberta a temporada de negociações. Quem hoje veste uma camisa poderá vestir
outra no segundo turno...;
Sábado o Meia Boca jogou como time
grande. Venceu e convenceu. Até a armação do time estava certa;
A SEA sem Gilson no comando não é sombra
da Poderosa SEA. Ausente em dois jogos, duas derrotas;
É justo abdicar da saída na 6ª feira, o
acordar cedo em um sábado, pôr as chuteiras e voltar com o uniforme limpo? O
que dizer a mulher em casa?;
Registrar também o retorno de Augusto (Confiança)
e Weberton (Meia Boca) depois de ausências demoradas. Ambos voltaram com gols;
No futebol não tem favorito. Tem vontade
de ganhar.