13
NOV
2012
JUSTIÇA FEDERAL VENCE O 2º TURNO E TORNA-SE CAMPEÃ DO 13º CAMPEONATO DE MINI-FUTEBOL
A última resenha do campeonato de 2012 está a cargo de Éber Nobre. Uma vez que esteve presente assistindo a partida final, ninguém melhor do que ele para narrar os fatos com a dosimetria perfeita da picardia, ingrediente necessário a coluna e que incorporou-se ao espaço destinado aos comentários de cada fim de semana pós rodada.
A graça, a brincadeira, a zombaria com estilo é marca registrada deste espaço que foi criado, exatamente, com a intenção de exaltar as qualidades de cada um dos eternos peladeiros que pertencem ao universo da sede social da ASTRA 21.
Ao longo desses tantos anos, tenho a missão de a cada semana, relatar as peraltices de vocês, boleiros, no trato com a bola. Tal encargo, muitas vezes foi e é dividido com outros colegas que tem habilidade e intimidade com as letras, certamente, melhor e maior do que temos com a bola. Eu, inclusive, que me considero um pretérito, pois se um dia soube jogar futebol isso ficou na minha juventude, e olhe que os anos já se passaram.
Esse ano o campeonato teve viés diferente. O primeiro turno com comportamento diferente, que foi devidamente corrigido no segundo turno. Aqui fica o meu especial agradecimento a cada um dos responsáveis pelas equipes, que passaram aos demais o verdadeiro espírito do nosso evento. Estendo minha mão a cada um de vocês, colegas do TRT, colegas de outros órgãos do Judiciário Potiguar, amigos advogados, convidados e amigos em geral, cumprimentando-os, agradecendo pela participação. Vocês engrandeceram o 13º Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21. O meu verdadeiro agradecimento.
Que venha o próximo ano. Com ou sem mudanças, mas com a certeza de que a sede social da ASTRA 21 é uma extensão da casa de vocês.
Até 2013.
A direção da ASTRA 21
Após inúmeros pedidos, uns 2, para que a resenha fosse escrita por este escriba, o escriba-mor concedeu-me a oportunidade, que agradeço desde já.
Sábado, 10.11.2012, dia da final do 2º turno do já saudoso campeonato da Astra 21.
O dia começa bonito com sol a cada minuto mais quente, já às 07h00min da matina.
A aprazível sede da Astra lá estava com sua grama verdejante, piscinas convidativas e o bom e quente café de Dona Dilma, gratuito, já à disposição dos presentes.
Dentro de campo as equipes já devidamente uniformizadas e Charles Elliont, nosso Panther-Pink, com uma cara de sono de um urso saído do período de hibernação.
Últimas instruções passadas pelos eficientes Gilson Mamu e Genildo Peba. A SEA faz a rodinha de ciranda e sai o grito: “SEA”.
Fora de campo a presença dos apaixonados pelo esporte bretão de quase todos os times participantes do campeonato.
Lá estavam Derocy “Ramalho”, Camilo e Alípio representando o JURIS, Marcelo Leão e Tales pela OAB, este escriba e Robson o Real Natal e Ivanildo o TJ.
Presente também os “infaltáveis” Paul Roger e Gilson Mamuzinho.
Começa a partida. Dentro das 4 linhas a peleja é encarniçada. Bolas disputadas com disposição e um jogo extremamente estudado. Serjão fez um primeiro tempo impecável. Mamu armou uma defesa com 3 homens para que pudessem segurar os 2 perigosíssimos atacantes federais. Não era pra menos: juntos, Monteiro e Ludovico fizeram mais gols do que todos os outros times nos 2 turnos, à exceção do TJ. Os federais tinham mais posse de bola, mas também privilegiaram o sistema defensivo, ficando as jogadas ofensivas unicamente para os seus incansáveis atacantes.
Fim do 1º tempo e não houve uma única jogada de perigo. Nem uma defesa difícil dos goleiros. Apenas a “bruxa” que resolveu dar o ar da graça: Laércio torceu o tornozelo, Netinho também sentiu o seu e Sergio Giordano torceu o joelho para não mais voltar.
Assistindo ao jogo atrás da mesa estava o triunvirato do JURIS: Camilo, Derocy “Ramalho” e Alípio, “o Alipão”. Alipão, sem dúvida, o melhor homem de área do campeonato, repousava os seus 2 braços sobre o abdômen o que indica que o seu tamanho é considerável.Enquanto os atletas bebiam suas águas e táticas eram discutidas, copos de água eram colocados sobre a barriga do melhor pivô do RN, como se fosse uma mesa.
Começa o 2º tempo sem qualquer alteração no quadro do jogo. Até o cabelo de Cláudio “Bubu” voltou igual: uma pequena tiara segurando a parte da frente e um totó fazendo um rabo de cavalo atrás. O campeonato é do meio jurídico e duas correntes se formaram para explicar este cabelo: a primeira dizia que era uma busca de Bubu para ficar parecido com Pepeu Gomes e cantarolar o seu hit predileto: masculino e feminino com um refrão histórico: “Ser um homem feminino. Não fere o meu lado masculino, ...”. A segunda corrente diz que Cláudio “Bubu” é fã de música e calças sertanejas. Utiliza calças tão apertadas, à
Com a prevalência das defesas sobre os ataques, o jogo perdeu
Os federais mantinham uma eficiente primeira linha de marcação com Sergio Giordano, Cipriano e Marcão, sempre revezando-se, e mais atrás Marcelão e Laércio deram conta. A ausência de Augusto “Superior” foi pouco sentida.
Nos intervalos dos tempos, os filhos de Netinho Caicó e Netinho Goianinha adentravam o gramado para bater bola. O filho de Netinho Goianinha trajava uma belíssima camisa preta com uma faixa transversal branca, de um tradicional clube brasileiro, que não é a Ponte Preta. Duas constatações foram feitas: o filho de Netinho de Caicó chuta muito melhor que o pai e que 95% dos atletas do campeonato; o filho de Netinho de Goianinha ao correr, atingiu, aos 4 anos, a velocidade de
A rigor, nos 80 minutos de jogo houve duas oportunidades reais de gol, ambas no segundo tempo. Numa delas, Monteiro, em belo passe, deixou Ludovico cara a cara com Cleilton que em boa saída de gol segurou a bola. A SEA num cruzamento encontrou “Bubu” na área que numa cabeçada levou a uma boa defesa do goleiro federal.
O jogo se encaminhou para o final e se jogassem mais 8 dias o placar também seria Zero a Zero. Aos 79 minutos de jogo, o momento mais emocionante da partida: faltando 1 para acabar a prorrogação, Monteiro recebe a bola na área, limpa o zagueiro, este dá um carrinho o avante federal deixa a perna para o contato, cai ou atira-se no chão e Charles Elliont Panther Pink apita: expectativa dentro e fora do campo, Charles que percorreu
Interessante notar que Charles Elliont Panther Pink trajava um short preto com um nome branco, em letras grandes, escrito na altura dos grandes glúteos: VOADOR. Não somente este escriba, mas todos os demais presentes aguardam uma investigação ou um esclarecimento da autoridade máxima dentro de campo para esta expressão, e se ela tem alguma relação com a região onde está localizada.
Todos a postos para a cobrança de pênaltis. Mamu pergunta em alta voz: quem está confiante para bater? “Bubu”, com a confiança dada pelo cabelo tal qual Sansão responde – Eu estou confiante.
Cleílton posiciona-se para a batida. Chuta no canto direito do goleiro Biulight (anglicismo de Biula): bola na trave e sai pra fora.
Ludovico pelos federais coloca a bola no lugar: bola no canto direito, Cleílton no esquerdo e fora da foto.
“Bubu” prepara-se para a cobrança: olha para o canto direito de “Biulight”. Disseram lá fora que um dos federais chegou no ouvido de “Bubu” e pronunciou: bubuzinho....bubuzinho....cadê o seu bubuzinho, “Bubu”?, tal qual ocorreu com Adauto
Marcelão tava com a bola do jogo em seus pés. Os espectadores que estavam atrás do gol do coco gelado saíram com medo de a bola os atingir e jogá-los na piscina. Para surpresa de todos, Marcelão bateu colocado à esquerda do goleiro: caprichosamente a bola bateu na trave, correu sobre a linha e morreu na lateral direita da rede.
Fim de jogo. Fim de Turno. Fim de campeonato.
Festa Federal dentro de campo com gritos incansáveis de campeão.
Mais uma vez o melhor time venceu. A dupla de ataque foi fenomenal. A garra dos demais foi decisiva.
Entrega de taça, comemoração intensa, discurso elegante de Gilson Mamu felicitando os novos campeões e ressaltando a isenção do campeontato.
Logo em seguida, caneta a mão e papel, Marcelo, o Lion, e Tales, o maravilha, começaram a traçar os planos da OAB para 2013 no campeonato da Astra . No meio da preparação, Tales, o Maravilha, procurou justificar o tamanho em que sua pança se encontra.
Ano que vem tem mais: discussões acaloradas, caras feias, entradas mais duras, gols bonitos, contusões, visuais exóticos e, porque não, rabo de cavalo?
Ao final, o que vale é o espírito de integração e de união, que aos poucos vai se formando, e a consciência de que o lazer, a diversão e a amizade valem muito.