29
ABR
2018
SEA VENCE E SE ISOLA NA LIDERANÇA EM JOGO TENSO. REAL RESSUSCITA.
E continua a gangorra para ver quem serão os quatro semifinalistas do primeiro turno do campeonato/2018.
Súplica do balde antes de SEA X OAB
Matematicamente,
tudo ainda é possível. Mas, as previsões do profeta são que a SEA já está
classificada, enquanto que o TCE não tem mais forças para chegar entre os
quatro. As demais vagas da semifinal estão indefinidas, com alguma vantagem
para a OAB-Master, que terá pela frente as duas equipes que, atualmente, estão
na arte de baixo da tábua de classificação, embora isso não seja nenhuma
garantia.
No primeiro jogo o
Real Natal ressuscitou depois de duas derrotas consecutivas. A vítima foi o
TCE, que mais uma vez surpreendeu. Quando se esperava que fossem fazer jogo
duro, levaram impiedosa goleada, dificultando a sua escalada para a
classificação.
O Real jogou pela
primeira vez sem Max, seu capitão, que agora é cidadão mossoroense. Há quem
diga que foi melhor assim. O time jogou solto e venceu bem, apesar de que o
placar do jogo não refletiu exatamente o que se viu. O TCE foi guerreiro, mas
depois que se especulou que Andrés Sanches andou pelos corredores da Getúlio
Vargas, de frente para o mar, cuidando de querer que Bolt fosse fazer companhia
a Rodriguinho, Mateus e Fessim, no Corinthians, a fama antecipada subiu a
cabeça do astro e a má fase é evidente. Segundo a dupla (não sertaneja) Diego e
Victor, já foi providenciada terapia psicológica ao rapaz para que ponha
novamente a cabeça no lugar e volte a apresentar o futebol que encantou o
campeonato no seu início. Oremos, pois.
A curiosidade é que
o TCE levou três goleiros para o jogo, fazendo um revezamento que antes somente
se tem notícia nas eliminatórias da Copa de 1982, quando Peter Shilton
(Liverpool) e Ray Clemence (Notthingan Forest) eram os arqueiros da seleção
inglesa, e o treinador Ron Grenwood fazia o mesmo revezamento para decidir quem
seria o titular. O TCE é chique e internacional.
O jogo número dois
valeu a liderança do campeonato. Um empate não era mal resultado, mas deixaria
os outros times "na cola", faltando duas rodadas. A vitória garantiria a
classificação antecipada às semifinais.
A SEA, com dois
desfalques importantes: Netinho "Caicó" e Márcio "Mossoró". A OAB com o time
completo e mais Seabra Fagundes, Francisco Ivo e João Medeiros. Até quem ainda
não tinha aparecido deu o ar da graça.
Jogo estudado pelas
duas equipes. Ninguém se arriscava. A SEA deixava Bruno Peixoto na frente e
apostava no contra-ataque com Tatuta. A OAB cozinhava o jogo, com constantes
mudanças, oxigenando a partida e esperando para dar o bote no último quarto.
Então a SEA abriu o
placar num lance bobo, em que a zaga se antecipou a um lançamento de Bruno
Peixoto para Bruno Mota e a bola morreu no cantinho de Cleilton. A partida
continuou estudada, até que Bruno Mota acertou um belo chute na parte superior
da baliza e deu certa tranquilidade a seu time. A OAB teve que sair para o jogo
e descontou com Pedro Wanderley, numa indecisão de marcação da zaga da SEA à
frente da área.
Assim terminou o
primeiro tempo.
Os trinta minutos
finais foram de tensão. O início do terceiro quarto foi todo da OAB, que
chegava em bolas alçadas, porém, Yonaldo era o senhor da área. A doação dos
dois times era evidente e os lances começaram a ficar mais ríspidos. Jogo para
macho. As discussões aconteceram. Então, Bruno Peixoto recebeu na
intermediária, limpou o lance e chutou, inapelavelmente, fazendo o terceiro gol
da SEA.
No último quarto as
faíscas se mostravam a cada dividida. Jogadas mais duras e até desleais,
forçando o bom árbitro Bruno Palhares a se desdobrar para evitar expulsões. A
vantagem do árbitro é a excelente condição física, pois está sempre em cima do
lance, o que diminui a possibilidade de erro, embora sempre possa ocorrer.
A SEA perdeu Weberton
com torção no tornozelo. A OAB marcou o seu segundo gol. Ainda faltavam dez
minutos para o fim do jogo. O placar era imprevisível, apesar de que a SEA joga
na defesa, apostando no contra-ataque com Tatuta.
O treinador da SEA
reclamou de falta não marcada e aloprou. Levou um puxão de orelhas do árbitro
que nem "Seu" Noca (pai dele) tinha atrevido lhe dar. O treinador da OAB
reclama, dizendo que se fosse ele teria sido expulso. A guerra é dentro e fora
de campo. O balde foi estrategicamente escondido para evitar novas agressões
gratuitas.
O drama da SEA
aumenta. Em lance fortuito, Paulo "Rodolfo Rodriguez" se machuca e é obrigado a
dar - o lugar - para Marcos Cunha. Paulo Teixeira tira Gilberto, seu único
zagueiro-zagueiro, e põe em campo Pedro Wanderley. A OAB joga com um meio de
campo e cinco atacantes em campo.
Em lance na
lateral, Tatuta chega forte em Pedro, que não tem mais condições de continuar.
Paralização e muita reclamação dos advogados. Tempo regulamentar esgotado. O
árbitro dá cinco minutos de acréscimos. Gilson aproxima-se do enfarto. As
discussões na OAB se manifestam, ainda que se forma sutil. Fim de jogo e
vitória maiúscula da SEA e o fim de mais uma corrida maluca.
Sábado começa a
penúltima rodada com embates genuinamente domésticos. A AMARN/AMATRA pega o
Real Natal e a SEA joga com os Piratas. Vitórias podem garantir a classificação
para as semifinais.
Coluna do Kolluna
1 - A coluna inicia
as notícias congratulando o pessoal da AMARN/AMATRA, que esteve presente no
Campeonato Brasileiro da AMB, em Vitória-ES. A equipe pegou um grupo forte, com
os dois últimos campeões brasileiros (SP e SC). Com uma vitória e um empate, o
RN foi desclassificado no saldo de gols, deixando a competição de forma invicta.
Os donos da casa (ES) foram os campeões, ao bater SP por 2x0 na final;
2 - O TCE trouxe
três goleiros para o jogo com o Real Natal. Levou cinco gols. Só um tribunal,
de contas, para explicar;
3 - Já o Real, com
o "xerife" Max em campo, levou cinco, quatro, três e seis gols, em cada uma das
quatro partidas anteriores. Ontem, sem Max, não levou gols, e ainda marcou
cinco. Tem alguma coisa a ser consertada nessa equipe;
4 - O Real ontem
jogou solto. Até gol olímpico aconteceu, com Jean, que ganhou o moto-rádio;
5 - Camilo utilizou
seus quilos a mais para voltar a jogar de pivô, relembrando seus áureos tempos
do salonismo, usando a carga adiposa para melhor proteger a bola. Deu certo até
o momento que Diego se deu conta e passou a marcá-lo. Duelo de peso;
6 - Alguns
adjetivos comumente ouvidos quando a torcida se dirige ao árbitro: ladrão,
escroto, FDP, chifrudo... e outros menos recomendáveis. Mas, "juiz de
bosta"???? O réu é primário;
7 - Continuando
nosso passeio pela fauna das expressões do futebol, esta semana vamos encontrar
a razão do "Drible da Vaca". Bem, consta que em peladas jogadas pelos
empregados de fazendas, estas ocorriam no mesmo lugar onde as vacas pastavam.
Frequentemente, os ruminantes invadiam o gramado improvisado, fazendo com que
os jogadores tivessem que se esquivar de seus adversários e dos animais que
surgiam. Para desviarem-se dos animais, jogavam a bola para um lado e corriam
para o outro, esperando confundir os quadrúpedes. Daí a expressão: "Drible da vaca";
8 - A partir de
hoje abrimos um novo espaço na Coluna do Kolluna. No site da Astra 21 (www.astra21.org.br), dentro da
pasta "Esporte", vocês encontrarão uma subpasta chamada de "Nostalgia F.C.".
Ali serão inseridas, a cada semana, imagens que fizeram a história do nosso
campeonato nesses 19 anos. Times lendários, colegas que mostraram seu talento
com a chuteira nos pés, momentos de muita alegria e que merecem ser revistos e
relembrados. Àqueles que quiserem colaborar, tendo em casa imagens que queiram
que sejam expostas, por favor, enviar para klflima@hotmail.com, que em breve
iremos divulgar.
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