14
MAR
2016
Copa Externa estreia com Paredão e primo de Romário
Depois da largada na semana passada da Copa Interna deu-se início a Copa Externa que tem a participação do Meia Boca, Confiança, Tribunal de Justiça e Santo Antonio de Pegado.
Antes do torneio
início, o comentário que ecoava das arquibancadas era que iria ser difícil
assistir as partidas da Copa Interna, cujo nível seria inferior a Externa, e
que esta seria a grande atração do semestre. Ocorre que os jogos da Interna na
semana que passou em relação à emoção foram bem superiores aos dois jogos do
último sábado. Talvez o início de temporada tenha proporcionado às equipes de
melhor condição técnica jogar com o "freio de mão puxado".
A Copa Externa, diante
da liberdade de cada time trazer quem queira, traz a expectativa de se ver
caras novas e bons valores. E isso já foi mostrado logo na primeira rodada. O
Confiança estreou Weber que jogou futsal pelos times do estado na década de 90
e 2000. Um pouco fora de forma, mas que ainda conhece muito bem dentro de campo.
O Santo Antonio veio a campo com gente nova e promete dar trabalho aos
conhecidos favoritos. De destaque mesmo o goleiro Fabiano "Paredão",
ex-profissional do América nas temporadas de 2007/2008 e 2012/2013 e que estava
em atividade até o ano passado no Clube do Remo/PA. Já o TJ veio com o
excepcional Aldemário, primo do Romário.
Antes de começar a
rodada a boa notícia foi que nosso amigo Laumir Fernandes, contemporâneo dos
corredores da UFRN e presente em praticamente todos os campeonatos da ASTRA 21 tinha sido pai novamente na
madrugada daquele sábado. Alegria do papai Laumir (do Santo Antonio), do tio
Laércio (do Confiança) e de todos nós. Que Maria Luiza venha trazer ainda mais
felicidade a sua vida. Todos os boleiros da ASTRA 21 se associam a sua alegria.
Partida de abertura e
um clássico. Meia Boca x Confiança, reeditando as finais dos dois turnos do
campeonato de 2015. Briga de cachorro grande logo na primeira rodada. O MB com
alguns desfalques que fazem grande diferença. Ausente Neto "Bola" e Patrocínio,
ambos lesionados no torneio início. O Confiança sem seu manager Camilo, que levou uma picadura e ainda foi chupado pelo
mosquito Chico Cunha, e Monteiro, que não tem nada a ver com isso, mas que não
foi ao jogo.
Boa movimentação,
apesar de em alguns momentos ter ficado enfadonho. O Confiança começou na
frente após o motorzinho Damião ter sido derrubado na área por Marcelo "Piu".
Muita contestação do MB que entendia que a falta foi na linha e que Damião
somente caiu na área. A linha também faz parte da área e o juiz - que chegou
com 45 minutos de atraso - marcou. Denilson bateu e fez 1x0. A bola corria e o
bom juiz Ubiratan Bruno corria junto com ela, marcando tudo em cima do lance.
Para compensar o atraso ele soprava a plenos pulmões para mostrar disposição e
que tinha fôlego. Cada apito era um estrondo e até Charles Elliont, que
descansava em berço esplêndido, ouvia.
A presença de um juiz
mais enérgico na marcação e com energia física fez com que fossem marcadas 10
faltas em ambos os tempos, coisa que há muito não se via na ASTRA 21. Cada equipe chegou ao seu
limite de infrações. Assim como chegou ao limite a paciência dos treinadores
diante da quantidade enorme de gols perdidos por ambas as equipes. Seja o
Confiança com Assis e Damião, seja o Meia Boca com Christian e Curinga, tantas
foram as oportunidades perdidas que a partida poderia ter terminado 4x4, 5x5 ou
6x6. Scala, sempre fazendo a diferença, converteu em favor do MB empatando a
partida já no último quarto e assim o tempo passou até o último estrondo de
Bruno.
Na partida de fundo o
Santo Antonio apresentou-se com um vistoso uniforme alaranjado e com 1.000
kilowatts, talvez na esperança de que se iluminasse tal qual a Laranja Mecânica
de 74 e 78. O comentário a boca pequena nas arquibancadas era a de que Pegado,
o todo poderoso do AS, tinha ganho uma causa afortunada e com os honorário$$$
havia reforçado o seu time, procurando destaques entre os milionários campos de
peladas da Praia do Forte, Km 6, Rocas e Nova Descoberta. Já o TJ veio mesclado
com parte de seu time do ano passado formado por colegas servidores do Tribunal
de Justiça e parte de boleiros do CEPE capitaneados por Marcelo Jobson. Porém,
todos os olhares e holofotes estavam para ele, o baixinho primo do Baixinho.
Aldemário é o nome dele. O cara que "comeu a bola", apesar da bola ter se
instalado na barriga de Pegado. Rapaz, que barriga é aquela!!! Nem Tales, "o
Maravilha" em seus áureos tempos teve um patrimônio adiposo-visceral-abdominal
tão destacado.
Ressalte-se que a partida
começou com a presença de Laumir. Mesmo choco, de resguardo, deu um drible na
mulher e no choro pueril de Maria Luiza e apresentou-se para jogar. Tara! Só
isso para justificar esse amor pela bola. De se registrar, também, a presença
de Bruno Julião, "o bancário" como reforço do SA. Assim como era no seu
ex-time, o Meia Boca, Brunão começou no banco. Banco lá e banco cá.
A partida começa e o
Santo Antonio mostrou desde o início do jogo a justificativa das contratações do
seu todo poderoso e agora endinheirado dono. Adriano e Luiz Antonio vieram para
dar volume - não ao abdome de Pegado, que já está bem crescidinho - mas ao meio
de campo do SA. Somado aos demais bons valores que ficaram e a disposição nunca
antes vista na história deste país de Rufino, "o infante", o SA mandou no jogo.
A defesa mostrou-se muito mais segura com a presença de mais um ex-profissional
que se apresenta para jogar em nosso campeonato, o que demonstra a nossa importância
e o nível a que chegou nossa brincadeira. Fabiano mostrou, quando foi exigido,
o porquê de ser chamado de "Paredão", além do que mostrou ser um ser humano
humilde e acessível, posando para fotos com vários colegas e boleiros que lhe
solicitaram.
Mas se o SA tinha o "Paredão"
o TJ tinha o "Paradão". Aldemário, o primo do Romário, aqueceu o suficiente na
lateral de campo até suar feito tampa de chaleira quente. Entrou com a camisa
de numero seis, o que de cara demonstra que é um centroavante ao avesso. Sua
primeira corrida atrás da bola já provocou olhares entre todos a indagar o que
ele fazia ali. Na segunda um tropeção na própria bola. Aldemário veio para se
tornar mais um folclore na rica história do campeonato de futebol da ASTRA 21. O cenário não está favorável ao Aldemário
no serpentário que é esse comentário. Mais um para o nosso anedotário.
Primo Aldemário? O TJ reiou-se!!
O lance capital da
partida teve o rastafári Aldalan como protagonista. Numa jogada individual no
meio de campo onde nem os melhores computadores da NASA entenderam como ele
conseguiu passar por três com um drible só, se viu diante do goleiro do TJ, que
saiu crescendo para cima dele. Audalan raciocinou ligeiro e pensou em dar a
cavadinha para matar o goleiro e fazer gol. Cavou quase uma cova arrancando
sete palmos de tufos de grama, amargando a ASTRA
21 um prejuízo sem fim com o buraco
que ficou.
Mesmo vencendo fácil o SA
jogava sério. Tenente Rufino, oficial de dia, chefe da guarda, rondante e se
brincar corneteiro, ditava o comando do lado de fora. Num dado momento ele
tentou alertar Silvio "Ié Ié" para a seriedade do jogo e conseguiu produzir a
única frase em todas as línguas e dialetos do mundo que não tem consoante.
Disse Rufino, em profunda exclamação? Oi,
aí IéIé!!!! Talvez a comunicação tenha sido um código sobre uma possível
jogada ensaiada.
O SA venceu por 3x0 com
direito a gol de Laumir, premiando definitivamente o seu dia. E as contratações
de Pegado deram certo. Diante da enorme diferença do time do Santo Antonio de
2015 para o de 2016, essa coluna achou por bem rebatizar o time. Em alusão aos
euros recebidos por Monsieur Pegadô,
o novo time se chamará Saint Antoine, filial do Saint Etienne, da primeira
divisão da França, assim como o Real Natal é franquia do Real Madrid/ESP e o
Meia Boca do Boca Juniores/ARG. Merci
Beaucoup.
Próxima semana temos a segunda rodada da Copa Interna com SEA x Piratas e Mossoró x Real Natal.