09
JUN
2013
SEA x MEIA BOCA e JURIS x OAB FAZEM AS SEMIFINAIS DO 1º. TURNO NO PRÓXIMO SÁBADO
Encerrada a fase preliminar do 14º Campeonato de Minifutebol da ASTRA 21 com a rodada cheia na sede da entidade no ultimo sábado, vimos uma rodada que trouxe surpresas e frustrações para algumas equipes.
Surpresa pelo placar elástico da primeira partida, quando a SEA desbancou a liderança do JURIS que havia permanecido na cabeça durante praticamente toda a fase. Surpresa também pelo bom futebol do Real Natal, que cresceu nas últimas partidas e por muito pouco não conseguiu se classificar. As frustrações são exatamente dessas duas equipes – JURIS e Real Natal – a primeira pela síndrome que o acompanha às vésperas das decisões, o segundo por morrer na praia. Ainda acrescentaria entre os frustrados o Meia Boca Juniores, que tinha como certa a vitória sobre o RN, o que lhe garantiria o segundo lugar e a vantagem do empate na semifinal. Ficou em quarto.
Muito bem. Vamos a história dos jogos, sendo que em virtude de compromisso social, tive que ir a João Pessoa após o meu jogo. As outras pelejas vou narrar pelo “ouvir dizer”.
Ausência de Charles Elliont. Sinal de preocupação em 100% dos jogadores. Árbitro novo, possibilidade de avalanche de cartões, apito errado, falta de critérios, enfim, melar o jogo. Ubiratan Bruno fez arbitragem segura no primeiro jogo. É bem verdade que ele errou, e quando errou foi contra o meu time, como em 2 pênaltis escandalosos em cima de Alípio, mas sou suspeito para falar. Não vi erros contra a SEA. Gilson continua trabalhando muito bem fora de campo.
Wilson Morais fez as partidas da tarde. Reclamação de um pênalti “claríssimo” em favor do Meia Boca que não foi dado. Morais, consultado sobre o lance, disse que era delírio de quem viu mão na bola e o que vale é a sua interpretação. Palavra do árbitro é a que vale.
A poderosa SEA enfrentou o JURIS, num clássico histórico e que valeria a primeira colocação para o vencedor. Já o perdedor poderia ser segundo e obter a vantagem do empate na semi-final, mas também poderia ser quarto colocado e entrar em campo com um peso maior nas costas.
Jogo de iguais até a bola rolar. Partida iniciada só deu SEA. O JURIS totalmente apático, estava mais amarelo que o uniforme dos Piratas. Não jogou em todo o primeiro tempo. O que faltou no JURIS sobrou na SEA: Vontade de ganhar. Como se isso não bastasse, Cláudio “Bubu” Bulhões estava em dia iluminado. Acertou um chutaço da intermediária abrindo o placar, recebeu um presente da defesa e só tocou para o gol vazio no segundo, e fechou o caixão numa cabeçada que nem precisou nem sair do chão no quarto gol. Antes, Juliano fez um gol num contraataque no terceiro quarto, quando o JURIS estava melhor em campo.
A vitória garantiu a SEA no primeiro lugar, repetindo o que aconteceu no segundo turno de 2012, o que demonstra uma regularidade na “poderosa”. Já o JURIS precisa exorcizar a síndrome da menina bonita e de família que namora com todo mundo, mas não consegue casar com ninguém.
OAB e Tribunal de Justiça fizeram a segunda partida da manhã. O TJ numa crescente, pois embora na parte de baixo da tabela de classificação, havia endurecido nas duas últimas partidas quando empatou com o Real Natal e perdeu de 3x2 para a SEA. A OAB precisando de um empate para se classificar, mas uma boa vitória lhe garantiria o segundo lugar e a vantagem do empate na semi-final.
Ainda vi parte do jogo, indo embora quando estava 3x1 para a OAB que jogava fácil e tranquila, com um TJ sem a mesma vibração dos últimos jogos.
A OAB pareceu jogar mais solta, sem os constantes conflitos internos que a cercam. Isso facilitou o desenrolar do jogo e os gols vieram de forma natural.
No final da partida o placar de 5x2 fez com que empatasse com o JURIS em vários critérios, obrigando que a decisão fosse para o número de gols pró, item F do art. 17. Tivesse a OAB feito mais um gol ou mesmo tomado somente um, os colocaria à frente do JURIS e com a vantagem.
A terceira partida foi para cumprir tabela. Não traria nenhuma alteração entre os classificados. A Justiça Federal em reformulação pegou os Piratas e venceu com facilidade (6x1), trazendo um pouco de alegria para o grupo que não conseguia mais ganhar de ninguém e vivia em meio a problemas internos. Parece-me que a JF vem com outra postura para o segundo turno e pronto para voltar às cabeças da tabela, defendendo o histórico título do ano passado.
O último jogo do dia cercou-se de grande expectativa. Uma vitória do Meia Boca lhe garantia o segundo lugar na classificação. Um empate traria a classificação do MB em quarto lugar, e uma vitória do Real Natal dava a classificação para eles, alijando o Meia Boca.
Desfalques de ambos os lados, pois alguns preferiram fazer papel de português viajando para uma exibição em terras lusitanas. A guerra pela classificação ficou no pé dos que bravamente ficaram na antiga colônia portuguesa para defender as cores de seu time.
E na terra onde plantando tudo dá, deu empate.
Bruno Julião, como um verdadeiro das Virgens, descobriu o Brasil ao abrir o placar após vários jogos de calmaria em meio ao seu caminho para as índias ainda seladas. Uma informação de quem estava no jogo aponta para um possível troca-troca planejado pelo artilheiro do MB e o vigoroso zagueiro Max “Figueroa” do RN. Um quer o cocar do outro em troca do pau de fogo. Índios à parte, Raphael Bedregal, zagueiro dos Piratas, ofereceu uma lança nesse escambo. Esse troca-troca está descambando para uma conversa mal contada.
Mas quando a classificação do Meia Boca estava quase garantida dando-lhes a vantagem de ser segundo colocado, o glorioso Cuca, tal qual um D. Pedro I às margens do Rio Pium, empunhou sua espada no meio da área, gritou “laços fora soldados”, e cutucou a gorduchinha ir morrer mansamente no Monte Pascoal do goleiro do Meia Boca, empatando a partida.
Mesmo com a valente atitude de Cuca, Independência para o Meia Boca, Morte para o Real Natal, ao menos para as semi-finais do primeiro turno.
No próximo sábado teremos SEA x Meia Boca na primeira partida e JURIS x OAB fechando a rodada, com vantagem do empate para a SEA e o JURIS.