Piratas faz a festa e é supercampeão do Torneio Início da ASTRA 21 2016

Foi dado pontapé inicial na temporada esportiva da ASTRA 21 do ano de 2016.



Foi dado pontapé inicial na temporada esportiva da ASTRA 21 do ano de 2016. O Torneio Início de futebol é o marco para o começo da festa do esporte na entidade que esse ano sediará a Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho, em Natal. O torneio início tem um charme especial e é ele o responsável por uma manhã inteira de festa, com a presença de todas as equipes se enfrentando em formato eliminatório até se encontrar o campeão. Reza a lenda que "quem ganha torneio início não vence campeonato". Outra lenda diz que "no futebol acontece de tudo". Bem, depois do que aconteceu na manhã deste sábado na ASTRA 21 a união desses dois ditados se tornou o maior feito que a ASTRA 21 já viu.

Enfim. Logo cedo da manhã a nossa sede estava bonita de se ver.  Repleta de gente. Boleiros ávidos pelo reencontro com a bola depois de mais de dois meses de recesso, uma vez que a última vez que a bola rolou de forma oficial na ASTRA 21 tinha sido em novembro, quando o Meia Boca vencera o Confiança e se tornara campeão da temporada 2015.

Como já informado antes, esse ano teremos copas paralelas a fim de estimular a presença e a participação do associado. Por isso, o torneio início também teve a sua divisão, com partidas disputadas entre os que vão compor a Copa Interna e a Copa Externa, sendo que os campeões de cada divisão fizeram a super final.

Nunca antes na história do nosso campeonato houve uma disputa nesses termos. Nunca antes da história do nosso campeonato houve um supercampeão. Agora tem. E só uma equipe pode, ao longo desses dezessete anos de história, se considerar supercampeã: Os Piratas!!!

Se você começou a ler essa resenha depois de ter tomado alguma bebida e não ter comparecido a sede da ASTRA 21 no sábado pode achar que o escriba bebeu. Os Piratas??? Essa foi a indagação de muitos ao saberem do resultado final do charmoso torneio início.

Os agora ex-pernas de pau - afinal de contas não podem mais carregar a antiga alcunha infame - começaram a jornada abrindo o torneio com vitória inconteste sobre a poderosa SEA do poderoso presidente da ASTRA 21, Gilson Lacerda. A poderosa, vencedora de tantos campeonatos outrora, de bom mesmo só apresentou seu novo uniforme voltando às cores tradicionais azul e branco que lhe deu alegrias no passado, aposentando o vermelho "rebaixado" ineditamente usado na temporada anterior. Os Piratas entraram em campo com uniforme emprestado pela AABB, associação coirmã que se compadeceu da penúria dos bucaneiros e colaborou para que eles pudessem entrar em campo. Esse é o retrato do futebol, uns times tão poderosos, outros em necessidade. Mas futebol se faz com 11 contra 11, já dizia meu professor Bell. E em campo é tudo igual. 

A segunda partida foi do grupo externo com o Meia Boca enfrentando o Santo Antonio. Jogo até um pouco duro, com jogadas mais pegadas. Em tempo: jogadas pegadas quer dizer jogadas duras e não jogadas bisonhas protagonizadas por Pegado, manager do Santo Antônio. Ao fim dos dois rounds o MB nocauteou o Santo que de santo nada tem.


Como o time de Mossoró pressentiu que ia encontrar os Piratas pela frente, decidiu declinar de sua participação do torneio início. Os Piratas são piratas, mas quem botou às barbas de molho foi a dupla Carlos e Márcio Mota. Como voltar para casa com uma possível derrota para a defesa mais vazada de todos os tempos. Melhor não arriscar e esperar para o campeonato que são dois tempos de trinta minutos.  Sem Mossoró, o torneio para a divisão interna virou triangular. E a SEA, perdedora do primeiro jogo, voltou a perder o seu segundo. Portanto, nenhuma equipe já perdeu tanto nesse início esportivo como a SEA. Quem te viu, quem te vê!!! A poderosa pegou o Real Natal que ficou na espera. Rapaz!!! Ainda bem que os Piratas são os protagonistas dessa primeira resenha ao vencer o torneio, porque a pena estava afiada para falar do uniforme do Real Natal. Pelamordedeooooooossssss!!! Putaqueopariiiiiiuuuuu!!!!!!!!!! Queporraéessaaaaaaaa??????? Nem no tempo de Paul Roger o figurino foi tão, digamos, exótico. Quem é o personal stylist desse time????? Só vou dizer uma coisa. Olhem a foto acima. As cores influenciaram até o comportamento de Cesino e Robson. Vou falar (escrever) mais nada.

Vamos ao jogo. O Real foi macho e traçou a SEA, no sentido figurado, lógico. Credenciou-se a disputar a final com os Piratas.

A quarta partida do torneio apresentou as outras duas equipes que participarão da Copa Externa: Confiança x TJ.  Um tabu enorme que duram dois anos no campeonato foi quebrado. Os blues conseguiram vencer o TJ, embora os integrantes desse último não considerem o torneio inicio como válido para quebra de tabus. O Confiança sempre ofensivo com as arrancadas de Damião pelo meio. O TJ meio desfigurado, com vários convidados e com a presença do original somente com Nilvan, Tasso, Assis, Fernando e Marcelo. Vitória tranquila do Confiança.

Iniciam-se as partidas finais A primeira foi histórica, mas não só porque os Piratas estavam nela. Como um jogo de dois tempos de 10 minutos tem espaço para cinco gols??? Foi um gol a cada 4 minutos. Mais uma vez, nunca antes na história desse campeonato se viu isso. Os Piratas fizeram um a zero com Caio. Aí Marcos Sergio empatou para o Real Natal. Mas MS não é o goleiro dos Piratas??? Nunca antes na história desse campeonato um empate foi tão esdrúxulo, sinistro, esquisito. Nem quando Zezinho defendia a baliza dos Phoenix se viu o que se viu. Página virada, goleiro. Todo Manuel Neuer tem seu dia de Zezinho. O Real Natal pressionou e Cristiano mandou um petardo com efeito que ia morrer na forquilha direita, mas Marcos Sérgio esticou-se todo e fez a defesa do jogo, arrancando aplausos e lágrimas emotivas na arquibancada. Seguindo o jogo, Jeremias fez 2x1 e depois, numa falta ensaiada, João Bosco fez 3x1. O RN fez o seu segundo gol e Charles Elliont acabou a partida. Piratas na final do supercampeonato.

A outra final foi o clássico que tem praticamente decidido todos os últimos turnos do campeonato. À exceção do segundo turno de 2014 (quando foi disputado entre Confiança x OAB), todas as demais finais de 2014 e 2015 se deram entre Confiança x Meia Boca. Nova decisão e a alternância permanece. Campeão/2014: Confiança. Campeão/2015: Meia Boca. No torneio início 2016 voltou a dar Confiança.

Então chegou a hora do tira-teima. Piratas e Confiança. Cada um já era campeão da sua divisão. Agora era momento de se conhecer o primeiro supercampeão da história de todos os campeonatos de futebol da ASTRA 21 em 17 anos de existência. Não precisa dizer que os 5.832 pagantes se espremiam na arquibancada e estavam todos eufóricos a torcer pelos Piratas. Observou-se até mesmo situações de vira-casacas. Dizem que o diretor de esportes da ASTRA mandou buscar os coletes para que os Piratas jogassem de amarelo, a mesma cor da camisa que ele usava. Será que a FIFA tem tentáculos na ASTRA 21???

O Confiança, como lordes ingleses, ostentando um bonito uniforme azul "Chelsea". Os Piratas, como desordeiros do mar, vestindo coletes amarelos puídos e fedorentos. Mais uma contradição desfavorável à trupe de Zé do Carmo. O Confiança, cheio de confiança, não quis nem descansar ao fim de sua partida com o Meia Boca. Chamou Charles Elliont, cuja gravata já era patente após seis jogos, para começar o novo jogo de imediato. A bola começou a rolar e o que se viu foi os Piratas multiplicados em campo. O número de amarelos parece que crescia e engolia os azuis. Marcos Sérgio, debaixo das traves, passava toda a segurança necessária para a defesa. Dirceu era um Cafu na lateral, esbanjando fôlego e obediência tática. Zé do Carmo dividia a maestria do meio de campo com o doutor bom de bola Fábio Mastrocola. Eram os novos Zico e Adílio. Jeremias, com nome de profeta, era o profeta Hernandes, ex-São Paulo e agora Lazio/ITA. Caio virou artilheiro como era Caio Cambalhota, irmão de Luisinho Lemos e Cesar "Maluco".

Assim, num ataque pela direita, Dirceu "Cafu" chutou cruzado rasteiro, o bom goleiro Baguetti bateu roupa e chegaram juntos Maurício e Caio, mas foi o artilheiro do TJ que desde o ano passado reforça os Piratas quem empurrou para o gol. Explosão de alegria. Foguetório. O Confiança sentiu o baque. Eram 8 minutos do primeiro tempo, mas a torcida exigia o fim da partida. Charles ria. Fim do primeiro tempo. Equipes mudam de lado, mas o futebol não muda. Piratas sobrando. Nas poucas tentativas de ataque do Confiança, o Secretário-geral, ou seria Secretário-goleiro, fazia suas defesas incríveis. Numa dessas, Alípio, "a lenda", completou cruzamento de primeira. A bola ia morrer no ângulo, mas Marcos Sérgio, num relance, quando não podia mais nada fazer, olhou e, com os cílios, fez a bola explodir no poste. No desespero, ao fim da partida, o goleiro do Confiança tentou ir ao ataque e foi surpreendido com um gol por cobertura. O árbitro encerrou a partida. Festa na ASTRA 21. Piratas Supercampeão!!!!   

Termino esse texto emocionado. Nunca antes na história desse campeonato me comovi tanto com a alegria e persistência de uma equipe. Olhos marejados, em homenagem aos homens do mar. Viva os  Piratas!!!!!!  (risos)



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