22
JUN
2015
CONFIANÇA VENCE O PRIMEIRO TURNO. VITÓRIA VEIO NA PRORROGAÇÃO
O primeiro tempo inteiro só teve um dono: o Meia Boca. Desde o momento em que Charles Elliont apitou autorizando o pontapé inicial, parecia que só o time de amarelo estava em campo.
O alerta foi dado nas linhas
finais da resenha passada. Como um profeta, sentenciei: "Não percam. Quem gosta de um bom futebol, bem jogado e sem violência,
tem de estar presente na sede da ASTRA 21. Garantia de um excelente
espetáculo".
E assim foi para delírio e
delícia de quem encarou os
Em campo, as mesmas equipes que fizeram a final do primeiro turno em 2014. Último jogo do uniforme branco "Real Madri" do Confiança, e sepultou a "uruca" que acompanhou o JURIS por quatro temporadas. Naquele jogo uma final em 1x0 que não tem resenha nem maiores registros.
Times em campo: O Confiança com Vinícius; Veríssimo, Laércio e Camilo; Tonho e Márcio; Monteiro e Denílson. O Meia Boca com Patrício "Ceni"; "Curinga", Claude e Weberton; Marcelo "Piu" e Scala; Daniel e Bruno. As escalações são suficientes para apontar a qualidade do espetáculo.
Um jogo atípico. Um jogo com vários momentos únicos. Um jogo em que cada um teve a sua oportunidade de "matar" a partida. Um jogo que ninguém imaginava ter tantas alterações de comportamento. Um jogo que se um gráfico ilustrasse o que foi a partida seria o de um cardíaco com disritmia. Um jogo para homens de coração. Um teste para cardíacos.
O primeiro tempo inteiro só teve
um dono: o Meia Boca. Desde o momento
Uma raça sem igual. Bolas
divididas. Pulmões multiplicados. Presença em cada canto do campo. Esse era o
espelho do Meia Boca, enquanto o Confiança não sabia sair do seu campo ou
atacava de forma estéril. Curinga assustou num chute forte que tirou tinta do
ângulo direito da trave da piscina. Aos
Iniciado o segundo tempo as
coisas se inverteram. O Confiança voltou outro. Patrício "Ceni", que até então
quase não pegara na bola, passou a ser exigido e mostrar sua grande fase. Era o
Confiança quem atacava e o MB só se defendia. Camilo, que há 15 dias entrou num
programa de reeducação alcoólico/gastronômico e já era visível os
Com os 3x1 no terceiro quarto o
Confiança - assim como o Meia Boca no 1º tempo - ainda teve três claras
oportunidades para "matar" o jogo. Não fez e Derocy foi lá e beliscou um
golzinho aos
No último quarto o torcedores já
apostavam na consolidação da vitória do Confiança. O MB começava a dar sinais
de cansaço. Scala sentia a panturrilha. Pebarovic mexeu no time e botou
velocidade com Juninho, Augusto e Damião. Este último teve a chance de liquidar
numa arrancada, ficou cara a cara com Patrício que mais uma vez obrou um
milagre tirando com o pé. O MB era valente e nos últimos
O empate encerrava um combate, mas uma batalha chamada prorrogação se iniciaria em seguida com dois tempos de 10 minutos. O desgaste era notório. As duas equipes já quase em ruínas físicas tentavam se manter de pé. A notícia de mais dois tempos de 10 minutos soou como o anúncio da morte chegando com capa e foice.
A vantagem que o Confiança
possuía foi neutralizada com 1 minuto de prorrogação. Ambas as equipes ficaram
com 5 faltas, o que significava tiro livre direto na próxima admoestação. A
batalha campal expunha as primeiras vítimas. Quando Scala colocava gelo na
panturrilha tentando voltar, Daniel sentiu a musculatura da perna e foi
substituído. Pebarovic fez rápida leitura e sacou Laércio, colocando Damião,
recuando Veríssimo. Substituição ousada ou uma visão para o futuro? A
velocidade de Damião e o entrosamento com Márcio seriam fundamentais nessa
hora. Então, o que era previsível. Sexta falta. Oportunidade para o Confiança.
Monteiro ajeita a bola. Expectativa grande. Força ou jeito? Pernas já pesadas.
Um monstro em grande fase no gol. Toda a confiança do seu time. Cobrança
magistral. Com classe a bola morreu no ângulo esquerdo, sem chances para
Patrício. Não demorou
E jogos assim são decididos
Um placar de 5x4 é improvável. Que dizer de ocorrer numa decisão?
O Confiança já se garantiu na possível finalíssima de 28 de novembro. Mais um grande jogo na história da ASTRA 21.
·
Coluna do
Kolluna FC
1) Boa presença de público para ver um grande jogo. Participação das esposas e filhos de alguns jogadores e de assíduos que já são figuras carimbadas do nosso campeonato. E a ASTRA 21 vai se mostrando como deve ser: um clube social;
2) Os Piratas e o Bohemia estavam representados por Zé do Carmo e Geneci, respectivamente. Quem também deu o ar da graça por lá foi Abel e Marquinhos, ex-jogadores do Confiança;
3) Momento cômico em meio à seriedade de uma decisão. Pedro Wanderley protegeu a bola como um pivô e foi atropelado por Laércio, que passou por cima como uma Scania sem freio carregado de cimento. Pedro reclamou e Laércio respondeu: "Nem toquei em você!";
4) Camilo largou o personal beer e agora tem um personal trainer. Os
5) Genildo Pebarovic, que aniversaria sexta-feira (26), ganhou o presente antecipado. Visionário ou não, o seu instinto colaborou na busca da vitória;
6) De acordo com o § 3º do art. 6º do Regulamento, aquele que atuou por uma equipe no 1º turno poderá se transferir para outra equipe para jogar o 2º turno. Portanto, a "janela de transferências" já está aberta. Porém, lembramos aos representantes que a inscrição deverá ser feita formalmente, encaminhando o pedido para o email (contato@astra21.org.br), informando quem o novo atleta estará substituindo. A liberação para atuar depende do deferimento da organização do campeonato;
7) O 2º turno se inicia em 11.07.2015 (sábado). Para atuar na primeira rodada as novas inscrições/substituições deverão ocorrer até o dia 10.07.2015 (6ª feira);
8) Para a ciência de todos, informamos que o recurso interposto pela OAB contra a exclusão de um dos seus atletas foi apreciado na 3ª feira (16.06), pela Comissão Disciplinar, nos termos do Capítulo VIII, do Regulamento. Havendo quorum suficiente o recurso foi rejeitado por 4 votos contra 2. Uma das equipes não esteve presente, mas justificou sua ausência. A própria OAB não pôde votar por ser parte interessada;
9) A organização do campeonato não participou do julgamento. Deixou todos livres para apreciarem o recurso de forma plena. A organização entende os argumentos da OAB. Todavia, esclarece que a punição imposta ao membro daquela equipe nada mais foi do que o estrito cumprimento do art. 19, § 1º, do Regulamento c/c o art. 26, item b, sub-item b.1. O Regulamento foi divulgado no site da ASTRA 21, sendo dada toda a publicidade necessária, e depois assinado por um representante de cada equipe. Em nenhum momento foi ponderado ou questionado qualquer dos 37 (trinta e sete) artigos existentes, presumindo, portanto, o acatamento de todos eles. Cabe, nesse instante, o integral cumprimento da norma que rege o campeonato. Imbuído do espírito democrático, sabedor que o campeonato é um lazer de todos nós, e que a intenção de todos é colaborar, a organização aceitará sugestões individuais ou coletivas de alterações para possível inclusão na próxima edição.
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