ADVOGADOS VENCEM O CAMPEONATO/2018 NA PRORROGAÇÃO

O palco da ASTRA 21 se abriu para o último ato de 2018. Abriram-se as cortinas para receber Real Natal x Advogados, campeões, respectivamente, do 1º e 2º turno, e que se enfrentaram para definir o campeão do ano de 2018. Confira....



Fosse quem fosse o campeão, o título era inédito. Nenhuma das equipes tinha, em seu curriculum e na sua prateleira, um troféu de campeão do campeonato de mini-futebol da ASTRA 21.

O Periculum in Bola, que venceu em 2017 e era constituído por advogados não era a mesma equipe que participou em 2018.

O Real Natal entrou em campo com Tiago, Rubinho, Jader, Jean, Thiago, Marx e Yuri. Os Advogados com Cleilton, Gilberto, Luiz Cláudio, Marcelo Leão, Serjão, Silvio Iéié e Neffer. Charles Elliont apitou a final. Durante os primeiros 15 minutos, o jogo foi de ensaio e somente uma virada de Neffer, em cima de Jáder, obrigou Tiago a fazer a primeira defesa importante do jogo.

No segundo quarto o jogo começou para valer. Os Advogados passaram a mexer o time para oxigenar a partida. O Real Natal, encarando os causídicos de igual para igual, porém, sem organização tática na hora da mexida. E assim terminou o primeiro tempo, com poucas chances de gol para os dois lados.

Na volta para o terceiro quarto, os Advogados tinham mais volume de jogo. O Real se defendia, mas também chegava ao ataque, apesar de que Cleilton e Tiago, até os primeiros minutos desse quarto, ainda não tinham trabalhado para valer. Aos 7 minutos, Marcelo Leão rolou na direita para a chegada de Klevelando que bateu forte e de primeira, fazendo com que Tiago se espichasse para colocar a bola para corner. Aos 8 minutos o RN respondeu, com um chute do meio da rua de Pedro Henrique e que quase surpreendeu Cleilton. O RN continuou do ataque e aos 10 minutos, Rubinho recebeu na intermediária e soltou o seu potente chute, com a bola indo morrer no ângulo direito dos Advogados. Abertura de placar na final.

Apagão momentâneo nos causídicos e o Real Natal poderia ter matado o jogo em duas oportunidades logo após a abertura de contagem, com Camilo puxando de letra na área e a bola passando tirando tinta da trave e, logo em seguida, com Jean, que entrou sozinho no contra-ataque, mas foi abafado por Cleilton.

As equipes se refrescaram para o início do último quarto a ser jogado em 2018. A partir dali, ou o fim do jogo ou a prorrogação, que não seria quarto, pois, a regra diz que são dois tempos de cinco minutos.

Se de um lado os Advogados voltaram com a disposição do empate, do outro lado Derocy e Camilo prendiam a bola segurando o jogo, ambos cunhados pelos velhos conhecimentos do esporte da bola pesada. Falta na frente da área do Real. Enquanto o goleiro Tiago arma a barreira com 4 homens e fica na base a fechar o seu ângulo, o banco do Real fecha o que o leitor está pensando e está "torando arame". O goleiro artilheiro dos Advogados bate, mas Tiago cresce e evita o gol.

Insatisfeitos com o placar da decisão, os advogados apelam, recorrem à última instância, ao tradicional lançamento de Cleilton para a área na tentativa de raspada de cabeça de alguém.

Aos 23 minutos, a bola viajou da área dos Advogados até a área do Real Natal, a cabeçada não funciona, mas a bola cai nos pés de Neffer, que empurra para o gol provocando o empate.  Desta feita é o RN que sente e Marcelo Leão recebe passe na corrida na frente de Tiago, mas isola a bola.

Nos dois últimos lances do tempo normal, ocorre o que parecia inimaginável. Mais uma vez o recurso de Cleilton para a área encontra Neffer, quase na linha de fundo. Tiago sai e chega atrasado. O avante cabeceia para o gol e a bola sai devagarinho até encontrar o poste esquerdo. Pedro Henrique salva o gol, conduz por alguns metros e lança Jeferson, que está por trás de Luiz Cláudio e cabeceia para o gol, obrigando o goleiro a fazer duas defesas no reflexo.

Fim do tempo normal. A prorrogação chega com a chuva para arrefecer os ânimos e o calor do jogo.  Os times demonstram cansaço. O jogo, se não se mostrou de uma das melhores técnicas, exigiu combate e disposição de ambas as equipes e, após uma hora os sinais de abatimento já eram evidentes, com o acréscimo da pressão natural de se decidir um campeonato.

Não se precisou muito tempo para a taça se dirigir para a Candelária. Jogada então inofensiva pela direita dos advogados atacando para o lado do muro. Já pela esquerda, em frente à mesa organizadora estava Serjão, o "vovô garoto", que pressente o bom momento e arranca em diagonal para a área. A bola sai da direita a procura de Silvio Ieié, que não domina, mas Serjão está na corrida e, com um leve toque, muda a trajetória da bola e tira do alcance de Tiago. É a virada dos causídicos provocada, exatamente, por um ex-servidor do Judiciário trabalhista e que sempre foi um dos grandes destaques quando jogava pelos times do TRT. Gol marcante e com requintes de crueldade.

A partir daí o Real tentou chegar no desespero, mas sem causar problemas para a defesa adversária. Fim de jogo e os Advogados venceram um campeonato anual na sede da ASTRA desde a sua primeira edição.

 

Coluna do Kolluna

1 - A sede da ASTRA 21 estava bonita. Muita gente para acompanhar a decisão. Presenças de Bruno Peixoto, Gilson Filho e Sargento Neves (SEA), Zé do Carmo (Piratas), Dr Higor (Amarn/Amatra) e Diego (TCE), representando a equipes participantes. Augusto Cesino, Adriano Rufino, Edson "Gugu" Gutemberg e o "negão" Eduardo também estiveram por lá matando a saudade;

2 - Várias autoridades também estiveram presentes: Dr Higor (representando o TRT 21ª Região), Dr Antonio Ed (representando o TCE), Dr Rodrigo Câmara (representando a OAB), Gildásio Sales (representando o TRE), Elacir Freitas e Siro Augusto (lendas do campeonato), Paulo Jorge Brandão (árbitro);

3 - Futebol é coletivo, principalmente numa decisão. Marx Vicente (Real Natal), indiscutivelmente é um bom jogador. Tornar-se-á ainda melhor se aprender a soltar a bola;

4 - Tales e Pedro Wanderley, ambos lesionados, insistiram em entrar, mostrando o brio e a vontade de colaborar;

5 - Do mesmo jeito, Jeferson (Real Natal) que não tinha jogado no segundo turno, tentou voltar na decisão, mas a falta de ritmo era evidente;

6 - Os Advogados, além de vencerem o campeonato, ainda ganharam a medalha de Melhor Goleiro com Cleilton. Aliás, é a 6ª vez que o goleiro leva o prêmio, repetindo os feitos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2017;

7 - Já a artilharia ficou com Sidinaldo "Bolt" (TCE), com 28 gols, uma marca que nunca havia sido atingida numa edição do campeonato;

8 - Carlos Alberto Parreira um dia disse que "o gol no futebol é só um detalhe". Charles Elliont completou a frase. "Na decisão, o problema é o gol. Enquanto estiver 0x0 não há reclamação";

9 - O prêmio de revelação do campeonato ficou para Serjão, o vovô-garoto;

10 - A coluna sente-se imensamente feliz com o encerramento do campeonato, incrivelmente bem disputado, demonstrando a pujança e a força das instituições, usando o esporte para unir os colegas e operadores do Direito do Rio Grande do Norte. Aguardem que em 2019 voltaremos com novidades, na 20ª EDIÇÃO DO CAMPEONATO DE MINI-FUTEBOL DA ASTRA 21;

11 - Aproveito o momento e o espaço para convidá-los para o lançamento do meu livro chamado "45, um tempo de futebol e de um poema", onde resgato a narrativa de 45 jogos de futebol emblemáticos ocorridos no Castelão, Machadão e Arena das Dunas, em 45 anos (1972 a 2017), com um olhar além das 4 linhas. Na quarta-feira, dia 14.11, a partir das 18h até às 21h, na Galeria de Fernando Chiriboga, no 3º piso do Shopping Midway. Aguardo vocês por lá!!!

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