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Caros boleiros!!!

Na caserna a gente aprende umas frases que servem para pautar a nossa vida, como: "A tropa é espelho do comandante". "O comandante é o responsável pelo sucesso ou o fracasso da missão".  Pois bem! Não precisa ficar aqui se jogando confetes e relembrando o resultado de nosso campeonato e sua longeva vida. Com certeza, dissabores aconteceram, acontecem e virão a acontecer, embora com o passar do tempo tenhamos aprendido a minimizá-los. Este ano, já por duas vezes, tivemos contratempos com arbitragem. Não é para acontecer, mas aconteceu. Paciência! Na primeira houve a falta para um dos jogos, o que foi gentilmente resolvido pela colaboração de Scalinha, atleta do TRE. Desta feita, houve o atraso para o início, coisa inadmissível. Assumo, inteiramente, a culpa e peço desculpas às equipes.

Feita a mea culpa, vamos ao que interessa. Advogados x Meia Boca entraram em campo sob o comando arbitral de Zé Carlos, o Irmão que além de faz tudo agora é festeiro e farrista e não deixa barato um convite para esticar numa mesa de bar após o seu expediente na ASTRA 21.

A ausência temporária do árbitro escalado obrigou a mesa a improvisar, tendo ambas equipes aceitado de bom grado, afinal, se existe uma unanimidade naquele campeonato chama-se Zé Carlos.

O duelo já tinha um pequeno tabu que era o dos causídicos nunca terem conseguido vencer o MB na sua versão Juniores. Em 2021, foram dois confrontos, com vitória do MBJ na fase preliminar e um empate na semifinal. Em 2022, vitória de três pontos do MBJ na fase preliminar e goleada na semifinal. Desta feita os causídicos entraram com sangue no olho e precisavam de uma vitória convincente para voltar a brigar pela classificação. E foi isso que se viu. Os Advogados com um futebol vibrante que envolveu o Meia Boca desde o início da partida. Porém, o gol só foi sair aos 20min do 1T com Thiago Igor, que recuperou o caminho de balançar as redes e voltou à briga pela artilharia do campeonato. O gol abalou ainda mais os meia-bocas que viram Laláilson fazer dois a zero. Desde os 20min do 1T, o MB jogou pendurado com quatro faltas e evitava um contato mais contundente com o adversário.

No segundo tempo, Jadson deu uns puxões de orelha na sua equipe que voltou mais ligada e presente, porém, encontrou o paredão Higor inspirado e quando isso acontece nem com boca inteira o gol sai.

Thiago fez o seu segundo gol aos 55min e chega aos 14 na briga pela artilharia. Higor fez uma defesa milagrosa no apagar das luzes numa falta cobrada por Vicente, que foi na trave e na volta houve bate-rebate com o arqueiro salvando os três pontos em duas oportunidades à queima-roupa.

A partida entre Justiça Federal versus Tribunal de Justiça valia muito. Os dois com a mesma pontuação e uma derrota diminuiria a chance de classificação entre os quatro semifinalistas. A JF vem numa crescente, todavia, veio para o jogo com a equipe limitada e somente 10 atletas. O TJ voltou a trazer o mar de gente que compareceu a cada jogo do primeiro turno. Tinham 13 jogadores à disposição.

Ocorre que cada um dos 10 que vestiram a camisa da JF era um "transformer". Os caras jogaram como se fosse à última partida de suas vidas. A JF era melhor quando a bola bateu no braço esticado de Martone dentro da área. Pênalti, que Miltão cobrou e abriu a contagem. O tempo marcava 7min do 1T. Aos 9min, o empate veio com Weslley, aos 16min a virada com Victor num chute de fora que enganou o goleiro Caio e aos 18min Veríssimo fez 3x1, com categoria.

Alex descontou com um chute colocado, da intermediária, fazendo 3x2. A partida passou a ficar mais contundente e aconteceu o lance capital. O árbitro deu o segundo amarelo a Victor e o expulsou de campo. Eram 28min ainda do 1T. Os jogadores tentaram entender o que houve, mas viram que ia ser pior.

O segundo tempo foi seis contra cinco, ataque contra defesa e um sol particular queimando na moleira de cada um, mas a JF tinha "Enfermeira" fazendo as substituições constantes para evitar o cansaço demasiado de seu time. E num contra-ataque, Pablo, aos 41min, recebeu sozinho na cara do gol, deixou o goleiro na saudade e só não entrou com bola e tudo porque teve humildade: Goooooolllll!!!

O 4x2 era um placar inacreditável diante dos olhos de quem via o jogão. A pressão do TJ era imensa, a discussão entre os jogadores do time era tamanha que se viu o que nunca se viu: Jair pedir calma a sua equipe!!! Aos 48min, Miltão, artilheiro, meio sem querer fez 4x3 e botou mais lenha na fogueira. Os caras da JF já estavam no limite e iam buscar forças nas entranhas. Fosse Galvão Bueno a narrar a partida seríamos obrigados a ouvir uns trezentos "HAJA CORAÇÃO"!!!

"Enfermeira" vinha a cada 30 segundos olhar o cronômetro e informava em alto e bom som para os jogadores de seu time. Do outro lado, Tasso multiplicava o tempo restante por 12 para confundir o adversário. Já estávamos nos acréscimos quando o árbitro apontou mais um minuto de prorrogação. Os caras da JF já não cabiam mais ficar de pé. O TJ foi para o abafa e a tática de quem quer ganhar joga na área do adversário deu certo. E assim, conseguiu, no último lance do jogo, num perde e ganha na área, que a bola fosse empurrada para o gol da JF decretando o empate. No lance estavam Waltinho e Walter, mas o árbitro confirmou pra Waltinho, que segue como artilheiro da competição com 17 gols.

Teremos uma pausa na próxima semana por conta das eleições. Voltaremos no dia 08.10 para completar a sexta rodada com TRE x SEA/REAL e o clássico Parquet x Piratas.

Coluna do Kolluna

1) Independentemente do que ocorreu em campo nos dois jogos deste sábado - exageros, ou não - o atleta em campo deve ter noção de que há um comandante (bom ou mal) e deve ponderar as suas atitudes;

2) Parabenizar as quatro equipes envolvidas nos dois jogos do sábado. Um ou outro lance mais ríspido, mas vimos duas partidas de futebol muito bem jogadas;

3) Lembrar, mais uma vez, que o meião faz parte do uniforme. Meia, não é meião. E meinha dancin days dos tempos das Frenéticas combina com melissinha (quem for jovem demais para entender, pergunte as senhoras suas mães);

4) Lailson (ADV), antes de entrar em campo, ouviu a arquibancada vibrar com um suspeito: "Vai, Lalá!!!";

5) A defesa do goleiro Higor no último lance da partida garantindo os três pontos para os Advogados foi digna de cobrar ingresso. O goleirão garantiu o bicho do time;

6) Weslley (JF) saiu de campo literalmente se arrastando, prova de sua entrega na partida. Um monstro!!!;

7) Veríssimo (JF) foi outro que jogou com "três pulmões". Martone (JF) seguro e sério na zaga. Pablo (JF), cirúrgico, frio e goleador. Waltinho (TJ), se finge de morto para pegar o coveiro. Na área ele é implacável. Miltão (TJ), faro de gol;

8) Jair (TJ) pedir calma a sua equipe!!! Acreditem, isso aconteceu!!!;

9) Diálogo entre dois jogadores ouvido pelo árbitro que interferiu: Jogador 1 (Como é que admitem um gordo como tu em campo?); Jogador 2 (E tu és bem maguinho!); Jogador 1: (Sai daí, baleia!!!). Árbitro chamando os dois e gritando nas fuças de cada um (não gosto de gracinhas!!!);

10) Tenho certeza que muita gente proferiu esta frase neste fim de semana: Saudades de Charles Elliont!!!