OAB VENCE E ENTRA EM CRISE. TJ GARANTE CLASSIFICAÇÃO



Novos jogos movimentaram a sede da ASTRA 21 neste fim de semana passado, dando abertura a 5ª rodada do nosso Campeonato de Mini-futebol. Com os resultados conseguidos as coisas começam a se desenhar no que tange a futura classificação de alguns times.

A partida que gerava maior expectativa entre os presentes era New Real Natal x Tribunal de Justiça. O TJ, líder, caso vencesse a partida garantiria matematicamente a classificação. O Novo Real, obtendo sucesso, mostraria que estava vivo e poderia incomodar os outros times que estavam na parte de cima da classificação.

E o NRN veio a campo com mais uma estréia. Depois de recepcionar o retorno de “Loco” Abel, o time dos cones do DETRAN trouxe a campo Eron, ex-meio de campo do Alecrim e de todos os times que representaram o futebol de Parnamirim na década passada.

A goleada da semana passada no Priori deu ânimo a turma e esperava-se que eles partissem para cima do TJ para mostrar que queriam dar trabalho. Ficaram somente na vontade.

É atacante demais num time só. Cuca, “Loco” Abel, Lamas Neto e Wildson. De defensor somente Max “Dengo Dengo”, que apesar de todas as lições kamasutrianas e o elixir mágico da vitalidade não conseguiu suportar a velocidade e a juventude do TJ, tendo muitas vezes que se virar com 04 atacantes adversários.

Na primeira fase, ainda nos primeiros 15 minutos, Marcelo Sá conseguiu encontrar Neto “Bola” sozinho na área, que se auto-empurrou (a bola) para dentro do gol. O 1x0 contrário antes do previsto alterou a forma dos merengues jerimuns de jogar. A bola ciscava no meio com Eber, Eron e Riquelme e não chegava na frente. Já Cesinha e Wellington, deslocados para as laterais, nada fizeram de produtivo. O pouca telha Cesar estava irreconhecível, numa de suas mais infelizes partidas de todos os tempos.

Na segunda etapa o TJ usou a tática de mexer no time, a fim de cansar o adversário. Maurício, centroavante trombador e com faro de gol, fez o segundo do TJ acabando com qualquer esperança do Real Natal.

Já no fim da partida, um lance digno de ficar nos anais da história. Falta pela direita em favor do TJ. Foi posta em prática uma das tantas jogadas ensaiadas. Enfim uma deu certo. Bola rolada para fora da área e Péricles, o cerebral, pegou de primeira metendo para o fundo do gol. (...)

Agora vocês parem. Voltem no tempo. Exatamente 04 de julho de 1994. Dia da Independência dos Estados Unidos da América. Brasil x USA. O que aconteceu na hora do gol único brasileiro??? Uma das tantas boiolices de Bebeto Chorão, lembram??? Correu em direção a Romário – que o havia deixado na cara do gol – e, agarrando sua face, olhando nos olhos, sapecou um “Eu te amo” para o mundo todo assistir.

(...)

Pronto. Retornem do passado e para a sede da ASTRA 21. O cerebral – há quem diga que cerebral é sinônimo de cabeção – após fazer o gol segue em direção ao treinador  Renato Teixeira, fala coisas desconexas, abraça-o, beija-o e é contido pelos seus companheiros freando um ímpeto que chamou a atenção dos expectadores.

Na verdade, o capitão do TJ mudou. Antes sério, comedido, só se notava sua presença em campo em virtude de seu mal condicionamento físico, sua silhueta esférica. De repente o cara começou a ficar fashion, usando chuteiras de cores aberrantes e cadarços coloridos. Depois importou da Espanha uma braçadeira de capitão laranja fluorescente e que toma todo o braço. Tirou os veinhos do time e trouxe um monte de sobrinhos. Sei não, sei não ...

Na outra partida uma expectativa de nova goleada estava no ar. Tales “Maravilha” já contabilizava o número de gols que seriam feitos para entrar definitivamente na briga pela artilharia do campeonato. Depois de levar 10 gols da Justiça Federal, o Barça trouxe preocupação para a Diretoria da ASTRA 21, pois o time que era conduzido pelo Paul “Rinus Michels” Roger, tem agora um novo responsável, Victor “Babalu”, pois o Roger entregou mais um boné. A ASTRA 21 chamou todos para uma conversa para que houvesse compromisso com o campeonato.

E o que se viu em campo foi exatamente isso. O Barça entrou mordido pronto para conquistar sua primeira vitória. Jogo que fez gosto de ver. Não havia bola sem disputas. Em alguns momentos o jogo ficou violento, obrigando a Charles a fazer o que tem mais preguiça: tirar os cartões do bolso.

A OAB naquela sua eterna inconstância. Sucessão de altos e baixos. A discórdia entre os seus jogadores é cada vez mais visível e isso, invariavelmente, influencia no desenrolar do jogo.   

Somente no segundo tempo, quando o Barça cansou, é que a OAB construiu seu resultado, mas aí a discussão entre os seus já estava aflorado e os nervos de todos à flor da pele.

No fim vitória dos advogados, mas que instalou crise, provocando uma longa reunião para lavagem de roupa suja quando do término do jogo.

O perigo é que eles agora tem dois jogos contra os então líderes do campeonato, e time grande só cresce nas adversidades. Pode ser que JURIS e TJ sejam as vítimas que a OAB precise para mostrar seu poder.   



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