NA RODADA COM DOIS JOGOS EMOCIONANTES A SEA JÁ ESTÁ NAS SEMI-FINAIS

Hoje vamos dispensar o assunto preliminar que geralmente é tema de abertura dos comentários da rodada no fim de semana. Os dois jogos deste sábado tiveram vida própria e merecem uma resenha à parte.



Hoje vamos dispensar o assunto preliminar que geralmente é tema de abertura dos comentários da rodada no fim de semana. Os dois jogos deste sábado tiveram vida própria e merecem uma resenha à parte.

Num campeonato de veteranos como o nosso não dá para se aceitar atitudes juvenis.  Rebeldia fica para adolescentes com cabelos nos ombros e a cara cheia de espinhas. Não combina com marmanjos com a carteira de identidade com nascimento a partir de 1975, alguns carecas e outros com nem sombra daquela vasta cabeleira do fim dos anos 70.

A introdução alerta para o que foi visto no jogo entre OAB x SEA e que abriu a segunda perna da quarta rodada.  O fato de não ser Charles Elliont o árbitro não dá margem a reclamações acintosas ou desrespeito a quem é a autoridade do jogo. Cada um tem o seu estilo de apitar. Cabe ao atleta inteligente se adequar a forma do comandante apitar. Afinal, tirando aquela célebre invasão de campo do Sheik do Kwait na Copa de 1982 e que fez o juiz anular um gol da França, eu nunca vi juiz voltar atrás em suas decisões.

O jogo prometia. A SEA garantiria a classificação com a vitória. A OAB vinha de um empate e precisava vencer para chegar aos líderes. O primeiro c*****o, palavrinha típica do time dos advogados foi dita aos 10 segundos de jogo. Aos 2" Gugu meteu na trave uma bola que cruzou toda a área da SEA. Na resposta, Patinha chegou quase só na área e de cabeça mandou para fora. A OAB jogava bem. Sufocava a saída de bola da SEA e se mostrava com o domínio. Então o primeiro lance capital. Aos 5" Robério reclamou falta que não existiu. Reclamou de forma contumaz e levou o amarelo. Continuou reclamando e levou o vermelho. Aí já viu. "Eu não fiz nada", "trazem um palhaço para apitar", "isso é uma sacanagem", enfim, aquelas reclamações típicas dos bons moços que se acham injustiçados.

O fato é que a expulsão quebrou a criação dos advogados que ficaram momentaneamente abalados com o fato. Na volta para o segundo quarto e para castigar ainda mais a OAB, aconteceu à máxima de que a bola procura o craque. Helinho chutou de fora de área e a bola achou Márcio Mossoró sozinho debaixo da trave que só fez empurrar para dentro do gol. Mesmo vencendo e com um homem a mais, a SEA não se impunha. Andrey, matreiro, fez o time da OAB rodar fazendo várias substituições. Tirou os esquentadinhos e tentou arrumar o time. Odilon passou a fazer a função de Robério. Então o gol de empate que premiou a persistência. Em disputa na área Neffer bateu no gol e a bola se enroscou nas pernas de Helinho, que botou para dentro do seu próprio patrimônio. Assim terminou os primeiros 30 minutos.

No 2º tempo a SEA voltou mais presente. Tatuta sempre aparecendo bem na direita. Serjão pela esquerda. Vladimir fazendo de surpresa na área. Helinho puxando os contraataques e com bons chutes de fora da área. E quando a SEA estava melhor a OAB virou o jogo com Aldo, aos 8". Então o segundo lance capital. Falta para a SEA na entrada da área que realmente ocorreu. Felipe (SEA) e Geraldo (OAB) se empurram e o árbitro mandou mais dois para o chuveiro mai cedo. Na cobrança, Helinho chutou forte, a barreira abriu e a bola entrou. Empate da SEA.

Com 03 jogadores a menos em campo o terreno virou latifúndio. Os espaços favoreciam nitidamente a SEA, que não sabia explorar a vantagem. Um buraco enorme entre a defesa e o ataque. Ninguém para armar o time. Patinha, que bem podia fazer essa função, insistia em jogar na área, congestionando um espaço que ora tinha Márcio, ora tinha Bago.

Então chega o 4º quarto, onde tudo acontece. Bago aos 16" mandou na trave. Vladimir aos 20" chegou perto. Nesse momento a OAB já se mostrava cansada. As discussões entre os seus atletas proliferavam. Qualquer passe errado era motivo de reclamações entre eles.  Finalmente, Tatuta acertou um chute cruzado e virou outra vez o placar. A OAB era valente, insistia em ir no ataque, mas a volta para a defesa era sempre comprometida. Nessas horas o craque se sobressai. Márcio Mossoró recebeu sozinho na intermediária sem marcação e de primeira tocou de rosca, encobrindo Cleilton que saía da área desesperado. Um golaço. A OAB ainda foi atrás do placar. Marcelo Leão chegou na frente da área e no arremate foi prensado por Serjão e Tatuta. Aos 30" Carlos Bago liquidou a fatura e o árbitro encerrou o jogo.

No segundo jogo o Meia Boca reestreou no campeonato depois de 30 dias de ausência. Chegou com um vistoso uniforme amarelo e azul onde se destacam as formas e linhas de cada atleta. A camisa, um tanto arrochada padrão irmãos Laumir/Laércio, evidencia a forma rotunda de cada um dos jogadores, e o calção tem o design dos anos 80 com as coxas à mostra. Nem assim Derocy consegue ficar sexy.

Vamos ao jogo que é o que interessa. O Meia Boca começou com Patrício; Laumir e Derocy nas laterais; Claude na zaga; Marcelo e Neto Bola no meio; Curinga e Pedro Wanderley na frente. O Bohemia com o gordinho Richarlisson no gol (ele jamais entraria no uniforme novo do MB); Coppa e Wilde nas laterais; Campos na zaga; Naedson, Genildo e Robinson no meio; Willian na frente. Equipes equilibradas. O Bohemia tem um time leve, apesar da faixa etária ser maior do que a do MB.

Willian assustou logo a 1" numa cabeçada. Laumir deu o troco aos 3" num belo chute de fora da área. As equipes passaram a tocar a bola procurando espaços para chegar ao gol. Os dois goleiros trabalhavam bem. Neto Bola era o cérebro do MB na ausência de Scala. Genildo, Robinson e Willian levavam perigo em contraataques rápidos.  Christian abriu o placar aos 19" quando o jogo era igual. A defesa segura do MB impedia que a bola chegasse na área, obrigando ao Bohemia insistir com os chutes à distância com Wilde e Genildo Patané. Pedro perdeu excelente oportunidade debaixo da trave ao ser descoberto por Neto em bola açucarada. Willian também perdeu oportunidade para empatar no último minuto do 1º tempo.

Início fulminante do Bohemia no terceiro quarto e São Patrício Ceni faz seu primeiro milagre num chute à queima roupa na área. O Bohemia era mais presente e dominava os espaços nessa parte do jogo. Geneci se antecipa a zaga em escanteio e escora de cabeça empatando a partida.

Bruno Julião, notório centroavante rompedor ao estilo Adriano "Imperador", Dario "Beija-flor", Hernani "Brocador", Max "Homem de Pedra" e Eduardo "Fura Rede", dos Piratas - o nível foi do maior para o menor... - inventou de jogar de lateral. Não dá, Hulk! Seu lugar é na área. Nas laterais você não fez nada. Quando se movimentou para a área ou para o meio, de frente para o gol, costurou jogadas de perigo. Situação notória. Essa leitura de jogo não foi só minha. Era de quem estava vendo o jogo.

E foi numa jogada dessa em que Bruno foi para a área que saiu o segundo gol do MB. Uma insistência de Bruno fez com que ele cruzasse voltando na cabeça de Curinga que mandou um balaço no gol. A partida ficou aberta. Neto Bola, mesmo tendo que jogar e tomar conta das filhas ao mesmo tempo, mandou um belo chute de fora da área. Geneci chegou novamente no gol para o segundo milagre de Patrício. Wilde mandou uma bomba rasteira e no canto e Patrício foi lá catar e fazer seu terceiro milagre. O último quarto foi eletrizante. O Bohemia em cima. Muniz perdeu um gol feito e no contraataque Bruno também assustou Richarlisson (nome suspeito no mundo do futebol mesmo sem camisa arrochada).

Então o prêmio à perseverança do Bohemia. Num bate-rebate Muniz conseguiu mandar de calcanhar para o fundo do gol de Ceni aos 29". E o jogo ficou no 2x2.

Próximo fim de semana não tem rodada em razão do feriado de 1º de Maio. Voltaremos em 09.05 com rodada cheia entre TJ x Piratas e Meia Boca x OAB (manhã) e Confiança x Real Natal e SEA x Bohemia (tarde).

Coluna do Kolluna F.C.

1)      Em alguns poucos casos observo que os atletas tem esquecido da nova regra de substituição obrigatória pelo centro do campo. Ainda não houve punição, mas quando ocorrer não poderá haver reclamação. Estamos alertando há várias resenhas;

2)      Durante o jogo OAB x SEA vi coisas que fiz que não vi e outras que não gostaria de ter visto. Pessoal, somos todos amigos! Vamos respeitar além dos próprios colegas, o ambiente onde vocês estão. Lamentável;

3)      A organização do campeonato não gostaria de ser obrigado a cumprir o art. 19, parágrafo primeiro do Regulamento. Todavia, regras são regras e valem para qualquer um;

4)      Certo momento Ângelo apareceu com uma foice na mão para cortar umas urtigas onde a bola tinha caído fora da ASTRA 21. Diante dos ânimos exaltados mandei ele ficar plantado ao lado da mesa fazendo a segurança. Seguro morreu de velho;

5)       Uma pintura as jogadas de faltas ensaiadas do Meia Boca e do Bohemia. Futebol com classe;

6)      Geneci (BOH) só entrou no segundo tempo. No primeiro só assistiu e orientou os companheiros.  E entrou para fazer a diferença;

7)      A ASTRA 21 mandará a conta de um tabuleiro de grama para o Escritório Martins & Fernandes. Cobrança de lateral bisonho de Laumir. Culpa da chuteira nova;

8)      A dupla Si-Si da OAB com compartamento exemplar. Outros tempos;

9)      William, novo contratado da SEA, fez jus ao nome e ficou de mostrar sua bola no "Will" (futuro). Will I Am (Eu serei). No present perfect ficou devendo.Na estreia a camisa pesa;

10)   Para a próxima rodada tem jogo que a ASTRA 21 precisa chamar o BOPE e a Força Nacional. 


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