15
MAR
2015
SEMANA DE CLÁSSICOS E BOM FUTEBOL
Na semana do clássico-rei do nosso futebol profissional escutei uma entrevista do então treinador(?) do ABC FC, Roberto Fonseca, onde ele reclamava como era difícil trabalhar no futebol do RN, porque a mídia não aliviava nas críticas....
Na semana do clássico-rei do
nosso futebol profissional escutei uma entrevista do então treinador(?) do ABC
FC, Roberto Fonseca, onde ele reclamava como era difícil trabalhar no futebol
do RN, porque a mídia não aliviava nas críticas e era preconceituosa. Não sei o que ele quis dizer ou se se dirigiu
diretamente a alguém, mas entendi que ali, naquele instante, ele preparava a
sua "cama" para o motivo de sua queda - que era iminente - e esta seria a
imprensa potiguar, aliviando, assim, a sua responsabilidade e culpa.
Se está certo, ou não, o agora
treinador desempregado, eu não sei. Mas, convenhamos, que é difícil trabalhar
com a imprensa esportiva local, isso não há dúvidas.
Tudo é motivo de polêmica. Uma
declaração qualquer e as ilações e elucubrações são postas à mesa num banquete
antropofágico onde cada um dos participantes das resenhas desfiam pedaços e
nacos de um personagem, dissecando ideias e interpretações que aquela
declaração pode ter.
São vários os exemplos que
poderia citar aqui, esquecendo outros porque não caberia neste espaço: Ricardo
Oliveira, ainda no ABC, foi assistir a um jogo do América no Nazarenão e a
imprensa cuidou de antecipar a mudança de clube; Padang questionou no twitter a
forma de administração de Gustavo e a imprensa já o colocou na mira como
candidato a sucessão; Leonardo Arruda e Judas Tadeu reclamam da quantidade de
ações trabalhistas do ABC e são levados ao programa em entrevistas exclusivas (Não Percam! Imperdível!); Obina e Hernani
"Brocador" estavam de férias em Natal e foram elevados a condição de reforços do
ABC e América, respectivamente. Tudo isso com o beneplácito de todos os santos que compõem a nossa refinada
imprensa esportiva, que de esporte não tem nada ao renegarem todas as outras
atividades em prol, única e exclusivamente, do futebol.
Aliás, de santinhos eles nada tem. A rivalidade é a essência do esporte. Todavia,
fomentar a discórdia entre as preferências clubísticas ou opinião política
discordante dentro de um próprio clube não significa fazer jornalismo com
ética. É bem verdade que estou generalizando e, com isso, cometo injustiças. Há
nomes que merecem todo o meu respeito. Mas, ainda assim, devo dizer que a
fórmula usada nas resenhas está ultrapassada, é errada e chata.
O programa esportivo mais
conhecido e ouvido do rádio potiguar não tem uma pauta, uma sequencia lógica,
não traz novidades. É a mesma ladainha ao meio dia e às 17h, sempre com as
mesmas notícias e as mesmas entrevistas gravadas (repeti a expressão mesma de propósito). Ouvimos um que é um verdadeiro rolando o lero com opiniões óbvias
(táááá?), outro com um desfile de expressões estrangeiras como se isso fosse um
diferencial (bacana), e uma infindável sessão abraço onde até o papagaio-do-amigo-do-borracheiro-da-esquina-
que- consertou-a-roda-do-velocípede-do-enteado-da-secretária-da-babá-da-filha-
do-zorro é lembrado. E assim o tempo passa, o programa se estende e a audiência
vai sendo garantida.
Esporte é plural. Se quer falar
de futebol aludam o nome do programa ao futebol. Criem uma pauta definida e não
usem um horário nobre simplesmente para jogar conversa fora e enviar amplexos.
Está na hora de se rever esses conceitos, como dizia a genial propaganda da
FIAT.
(...)
E então. As piadas e brincadeiras fazem parte
do estilo do escriba para dar um ar gozador inteligente à resenha sem querer
menosprezar ninguém. Quem se sentir ofendido por uma ou outra palavra, venha a
mim e será atendido de plano.
Cuidamos de tudo com todo o
carinho e o respeito que todos vocês merecem. Assim, planejamos duas
excepcionais preliminares para a rodada de sábado. Real Madrid x Schalke 04 e
Chelsea x PSG serviram de preparativo para o que seria apresentado por
Confiança x Meia Boca e OAB x Piratas.
Semana de clássicos como o título sugere.
E a primeira partida foi uma das
mais movimentadas em todos os tempos. Belíssimo futebol e que provocou uma
situação inusitada que agora será revelada em primeira mão. A partida fez Charles
Elliont correr. Ao fim do jogo a gravata estava maior do que a dos jogadores do
Bohemia na rodada de abertura.
Os primeiros 15 minutos foi uma
blitz. Lembramos algumas situações de perigo: 1) Augusto furou um cruzamento no
1º ataque do Confiança; 2) Derocy tirou da linha de gol um chute de Denilson
com Patrício batido; 3) Vinícius saiu no pé de Bruno e a bola sobrou para Scala
bater por cobertura; 4) chute de Neto
Bola de fora da área tirando tinta; 4) Contraataque de Pedro e Scala com este
ultimo chutando para fora de frente para Vinícius; 5) Serginho debaixo do gol foi o
Inacreditável Futebol Clube da semana; 6) Bruno num escanteio isolou a bola.
A cadência só veio no segundo
quarto, mas mesmo assim, o jogo trouxe emoção dos dois lados até o momento do
primeiro gol, que veio chorado, aos 28", com Assis tirando o dedo após um
rebote de Patrício. Aliás, para o Confiança fazer um tem de perder dez.
A partir daí, permitam-me a
análise, o Meia Boca se perdeu na mão do seu treinador. O elenco dos dois times é excelente. E futebol
se ganha em campo. As alterações procedidas foram totalmente equivocadas e se
demorou a perceber que alguns estavam cansados. Bruno e Pedro em campo e a bola
não chegava porque não havia quem fizesse a função no meio. Scala estava
marcado no pé e alguém tinha de distribuir o jogo. Christian, que podia fazer
esse trabalho, substituiu Bruno no ataque (que não é a dele), quando Pedro
aparentava mais cansaço. Neto Goianinha e Péricles amargaram o banco todo o
jogo. Faltou qualidade no meio de campo e substituições improdutivas eram
repetidas. Claude foi guerreiro na defesa enquanto deu. Derocy poderia ter sido
deslocado para a zaga quando Claude cansou. Outro o substituiu. As alas estavam
improdutivas e se demorou a mexer. Em suma. Faltou variação de jogo.
Por outro lado, o croata Genildo Pebarovic
fez a leitura fácil e mudou seu time constantemente. O ataque continua sendo um
problema. Denilson, Assis ou Serginho? Nenhum dos três ainda "se entendeu" com
Monteiro, que tem sido um diferencial nesse primeiro momento. Sua movimentação
constante provoca estafa em quem o tentar perseguir. Charles Elliont que o
diga.
Placar final: 2x0 Confiança. Duas
equipes que devem estar entre os quatro semifinalistas. E que honraram as
preliminares da Champions.
Quem assistiu OAB x Piratas teve
duas gratas surpresas, de cara. O vistoso uniforme dos Piratas, num vermelho "sangue"
(diferente do vermelho "rebaixado" daquela ooooooutra equipe) típico dos
estandartes dos guerreiros anglo-saxões ou das legiões de Roma; e a presença de
13 dos 16 componentes. Levaram falta Edmilson, Gibeon e Virgílio.
Os Piratas saíram na frente com
um gol de Jeremias. Antes, Renato Bahia perdeu um pênalti cometido besta e
infantilmente por Hélio ao pôr as mãos na bola dentro área, num momento quero
ser o Tiago Silva da ASTRA.
De se prestar atenção mesmo na
OAB somente o uniforme do goleiro Geraldo. Lembrou as clássicas indumentárias
discretas de George Gentille quando defendia a Justiça Federal em 2012. Uniformes parecidos. Futebol idem.
O placar final foi de 6x2, mas o
jogo teve excelente movimentação. Em alguns momentos Andrey precisou soltar o
gogó com o seu time para ver se os caras acordavam. Siro foi o diferencial. Com
raça e objetividade conduziu o time. Acredito que a OAB só relaxou depois que o
placar estava 4x1, até porque os Piratas já apresentavam cansaço. Se
conseguirem um bom reforço os Piratas podem complicar ainda mais. Um bom
goleiro, Luiz e Odilon nas laterais, Hélio na zaga, Ilden, Ma(e)strocola e
Jeremias no meio e Caio na frente, podendo contar com Tião, Fura Rede, Sergio
"Bolha", Zé do Carmo e Maurício (ex-TJ) como opções, dá para pensar alto, sim
senhor. É só ter compromisso, jogar sério e contar com um tropeço do
adversário.
Próximo sábado SEA x TJ e Bohemia
x Real Natal. A SEA quer a segunda
vitória. O TJ sua primeira vitória. Bohemia e RN foram derrotados na estreia.
Todos os ingredientes para jogos movimentados.
COLUNA DO KOLLUNA FC
1) Como
na escola que tem hora marcada, os times que jogaram no sábado passado se
comportaram como fiéis estudantes que se enfileiram para entrar na sala quando
toca a música anunciando o início das aulas. Só faltou o professor Charles
receber uma maçã de presente;
2) Por
falar em fruta... Em meio ao calor da manhã, Tales dirigiu-se a mesa
coordenadora dos jogos e presenteou-nos com uma única laranja gelada. Uma vez
que éramos três na mesa e a laranja estava com casca (que "assaria" o lábio de
quem tentasse chupá-la), suscitou-se a dúvida se aquilo era uma gentileza, uma
tentativa de suborno ou sacanagem mesmo;
3) Aliás,
Tales foi o personagem do fim de semana. Findo o jogo e a vida útil de seu
calçado, pendurou literalmente às chuteiras na rede de uma das traves;
4) Estreias
discretas de Augusto "Coringa" e Serginho pelos seus respectivos times. No caso
do reforço do Confiança a certeza de que o peso da camisa 17 influenciou,
afinal o seu ex-dono fez história na ASTRA 21. A responsabilidade é grande;
5) Qual
a semelhança entre Tiago Silva (PSG) e Hélio (Piratas)?
A - ( ) Nenhuma; B- ( ) Não existe; C - ( ) Cometer pênalti bisonhamente
6) Alguém
pode definir a cor do uniforme de Geraldo (OAB) na ASTRA 21 sábado?
7) Luiz
(Piratas) ao cobrar um lateral juntou um morrinho de barro e colocou a bola em
cima. Momento de nostalgia nessa hora. Quem nunca fez isso na vida? Mas na
ASTRA, em 16 anos de campeonato, essa foi a primeira vez;
8) Depois
de um tenebroso inverno, registramos a presença do Ministro Paulo Teixeira no
jogo de sábado para acalmar os ânimos da OAB. Todo mundo calminho;
9) Alípio,
"a lenda", ainda não estreou. Goleiros, cuidem-se!!!
10) Neste
canto de página nos associamos ao movimento deflagrado pelos colegas servidores
do Tribunal de Justiça em defesa dos seus direitos conquistados de forma
legítima. A justiça somente será forte quando todos os personagens entenderem
que fazem parte de uma engrenagem, e que magistrados e servidores devem atender
ao bem comum, ou seja, a sociedade que paga o salário de um e de outro.
Clique nos links abaixo para ver como ficou o campeonato após a rodada deste final de semana .