18
ABR
2015
CONFIANÇA ENCAMINHA A CLASSIFICAÇÃO. TJ RESSUSCITA APÓS A SEMANA SANTA.
Uma resenha sem você ter ido lá, in loco, ver a cena, o jogo e colher suas próprias impressões é difícil de se fazer. Sempre será uma resenha coxa, capenga, desigual, pois você estará materializando o que lhe disseram. Por mais que a fonte seja confi
Uma resenha sem você ter ido lá, in loco, ver a cena, o jogo e colher
suas próprias impressões é difícil de se fazer. Sempre será uma resenha coxa,
capenga, desigual, pois você estará materializando o que lhe disseram. Por mais
que a fonte seja confiável, sempre haverá um jeito próprio de avaliar os jogos
e que não será a sua leitura. Para os que já se acostumaram com sua escrita,
será uma resenha ilegítima, como uma pintura copiada ou uma música
plagiada.
Não pude ir a ASTRA 21 neste sábado. Sou mais um
número das estatísticas do assombroso crescimento do número de pessoas
acometidas pela dengue na nossa cidade Natal, ex-espacial do Brasil. Isso
mesmo. Lançamos foguetes a marte, o homem chegou à lua, mas não conseguimos
erradicar um mosquito. Seja rico ou pobre, abastado ou miserável, branco ou
preto, ignorante ou sábio, ano após ano é esse mesmo sofrimento à população e
que só agora me chegou, evidente na pele, literalmente, com manchas vermelhas
no corpo (que me deixaram ainda mais doente, pois antes fossem alvinegras) e
dores musculares típicas de um esforço demasiado após aquelas peladas em que
lutamos como um gladiador nas arenas de Roma.
Então, fui procurar uma leitura
aprazível para vocês, que teimam em acompanhar esse espaço a cada semana. O
texto já foi lido antes. Publiquei em agosto/2009. É de autoria do jornalista
Rogério Micheleti e trata de uma inversão
no relógio do tempo em relação ao futebol. Segue o texto:
"O Curioso Caso de Benjamin Button, drama baseado no clássico conto
homônimo escrito por F. Scott Fitzgerald, em 1920, poderia ser transportado
para o mundo do futebol. E como seria bom vermos craques em processo de
rejuvenescimento. É que o filme badalado conta a história de um homem, Benjamin
Button, que nasce um bebê velho. E, com o passar do tempo, fica jovem. E se
transportássemos isso para o mundo da bola? Imagine um bebê Maradona? Ele nasce,
meio gordinho, com problemas no coração, mas que melhora com o passar do tempo.
Há a possibilidade de Dieguito corrigir falhas, bater menos a cabeça com más
companhias. E depois de tanta experiência adquirida ao longo da vida, nós
poderíamos ver em campo um Maradona genial com a bola nos pés e com a cabeça no
lugar. Imagine que a carreira dele seria mais duradoura, talvez sem drogas, sem
agonias, sem medos.
E o "menino-vovô" Garrincha poderia ter uma vida não tão
breve. Seria um exemplo parecido com o de Maradona. O meu único receio é que
Garrincha, velho, com pernas tortas, seria ainda mais desprezado pelos clubes
de futebol. Se o foi quando era novo imagine o que lhe aconteceria já veterano?
Mas como Mané era diferenciado, aposto que ele driblaria todos os preconceitos,
mais uma vez. E Zico? O Galinho voltaria no tempo. Seria experiente e sem os
joelhos bombardeados por zagueiros assassinos. Teria uma vida ainda mais longa
nos gramados. Poderia até corrigir uma injustiça do futebol: ser, de fato, campeão
mundial com a seleção brasileira. Telê Santana também poderia mudar o destino
da seleção brasileira na Copa de 1982. Menos ambicioso taticamente, ele poderia
abrir mão de um esquema de jogo tão ofensivo contra a Itália, de Paolo Rossi. O
camisa 20 da Azzurra não teria tanta liberdade. Poderia ser vigiado de perto
por um Batista (Cerezo ficaria no banco só naquele dia). Batista então poderia
fazer uma função parecida com a executada pelos são-paulinos Dinho, Doriva ou
Pintado nos tempos em que Telê dirigiu o São Paulo, nos anos 90 (Telê já teria
dirigido o Tricolor paulista, com sucesso, e tiraria lições da época).
E se o relógio corresse da forma inversa poderíamos ainda saber,
finalmente, se o Romário marcou de verdade mais de mil gols. Poderíamos ter filmado
todos os gols de Pelé, até aquele famoso marcado em cima do Mão de Onça, do
Juventus, na Javari. O Animal Edmundo, mais maduro, certamente não daria tantas
cabeçadas como deu na juventude e seria eleito melhor jogador do mundo e
brilharia em times do Velho do Continente. Neto, em grande momento, seria o
nosso 10 da seleção em 1990 (Lazaroni ou outro técnico teria de convocá-lo, não
teria como substituí-lo por Bismarck, Silas ou Tita, com todo respeito aos
três) e estaria também na Copa dos Estados Unidos. Djalminha, sem tantos
deslizes no assunto disciplina, seria o nosso 10 em 1998. Talvez Dener não
tivesse partido tão cedo e nos ajudaria a conquistar a Copa na França. Mas a
nossa bola não gira dessa forma. Ainda não conseguimos alterar (ou melhorar) os
dias que estão por vir. Não temos Benjamins Buttons nos campos. O que, por um
lado, é uma pena" (Publicado no site do Milton Neves).
Particularmente, acho esse texto
belíssimo.
Para não passar em branco sobre o
campeonato, o registro da apertada vitória do TJ contra o Real Natal, mantendo
os colegas do Judiciário Estadual vivos e eliminando qualquer maior aspiração
por parte dos galácticos papa-jerimuns. De qualquer forma a previsão feita no
início se mantém. O Real está vendendo caro cada resultado. Só não mostrou
maiores resistências contra o Meia Boca, até agora. Max segue a procura de
reforços para o segundo turno. Boa a vitória do TJ, que agora tem os Piratas
pela frente, podendo dar um upgrade
na classificação.
No outro jogo o Confiança, mesmo
com vários desfalques, passou bem pelos Piratas por 6x0, que esteve em campo
quase completo, com as ausências somente de Odilon e Hélio.
Sábado tem dois jogos que podem
encaminhar algumas classificações. SEA x OAB e Meia Boca x Bohemia serão bons
duelos para se assistir.
A coluna do Kolluna esta semana
ficará devendo ante a ausência de elementos.
Clique nos links abaixo e veja
como ficou a classificação, artilharia e os cartões: