MARCÃO E MARQUINHOS CANTAM A VITÓRIA DO TJ. OAB CLASSIFICADA



Finda a sexta rodada do segundo turno do Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21. Como tudo na vida que tem ponto e contraponto, é tempo de despedidas ou de esperanças. Despedidas para quem já não anseia mais nada de proveitoso na 14ª edição de nosso evento. Esperanças para os que ainda persistem na luta pelo título.

A rodada foi cruel, em especial, para o JURIS. A SEA, também derrotada, sofre um pouco menos, pois, já está na finalíssima. A sua performance bisonha no segundo turno garante uma final de campeões de cada turno, coisa que há 03 anos não se via. Garantia de mais emoção no fim da temporada.

O JURIS entrou em campo para a partida de sua vida contra a OAB. Nenhum placar lhe interessava se não a vitória. Isso para ainda sonhar com alguma possibilidade de chegar a semifinal. Em outra situação teríamos visto um time vibrante e antenado no jogo. Mas isso não aconteceu. Com problemas de expulsões, contusões ou falta de motivações, o time se viu obrigado a entrar em campo com apenas 08 atletas, e destes, 02 jogavam no sacrifício. A OAB estava lá quase em peso, com os desfalques de Luiz Fernando (suspenso) e Neffer (contundido).

O JURIS foi bravo. Mas a sexta-feira, 13, do JURIS, é permanente desde a primeira semana de julho quando se iniciou o segundo turno. Nada dá certo. E não seria num sábado, 14, que a coisa iria mudar para melhor.

Início de terceiro quarto e Renato chuta uma melancia daquelas que qualquer ancião de 95 anos, caquético e reumático, faria pose para segurar a bola. Mas vai que ela bate no meio do caminho em Capistrano, desvia do goleiro que, ainda tenta voltar, mas escorrega. Ducha de água fria no time que até então jogava de igual para igual com os advogados.

Os causídicos jogavam em paz. Parece que todos os demais combinaram para deixar Siro brigando sozinho. Ninguém devolvia as tantas setas que ele lançava indiscriminadamente. Falava (brigava, esbravejava, se irritava) ao vento.

O JURIS se viu obrigado a atacar. Esse resenheiro, jogando no sacrifício e sem a mesma mobilidade em face de estiramento muscular que lhe limitava movimentos, foi para a área tentar o gol salvador, mas teve a impiedosa companhia do Prof. Carlos Kelsen, a marcar um inválido que somente lhe faltavam as muletas.

No último minuto de jogo a OAB fechou o caixão e Charles Elliont deu fim a contenda. A OAB está classificada junto com a JF e o Meia Boca. Só resta uma vaga na semifinal.

Não bastasse o sábado 14 ser complemento da sexta-feira 13, o TJ fez a estreia de um certo Marcos Ribeiro Alves, mais conhecido no mundo dos boleiros potiguares como Marquinhos “Satanás”, com passagem em vários clubes de futsal e futebol society do estado e que, mesmo aos 44 anos, ainda tem fôlego e talento de sobra para se destacar no nosso campeonato.

Nos primeiros minutos de jogo se viu quem é que tinha as rédeas da partida. A SEA, que tem seus jogadores participando de um campeonato paralelo na Justiça Federal, estava cansada, pois havia jogado na noite anterior. A SEA só se defendia. Em nenhum momento, nos dois primeiros quartos, a SEA levou perigo ao gol do irmão gêmeo de Ronaldo (ex-goleiro do Corinthians e que briga com Neto pelo título de comentarista mais chato do futebol brasileiro).

Já o Marquinhos, que é o “cão”, encontrou o Marcão, que não é o quinho, livre na área e de cabeça abriu o placar. Em comemoração, o Marcão abraçou-se ao Marquinhos e fez aquele gesto típico em forma de coraçãozinho no peito com as mãos. A arquibancada inteira ficou sem entender a atitude inesperada do Marcão, de caráter e atitudes indubitáveis.

O gol fez o “diabo entrar no corpo” de Neto Caicó, que em duas oportunidades seguidas entrou duro no adversário. Na segunda, Jajá, o “Rei do Migué”, fez aquela cena de cinema como se tivesse sido atingido. Charles exorcizou Netinho e mandou o vigoroso e exemplar defensor da SEA tomar banho - de enxofre - mais cedo. Se a situação da SEA já não era boa, tornou-se um inferno.

Terminado o primeiro tempo, Marcão veio à mesa explicar que o gesto foi em homenagem ao nascimento de sua filha, Letícia. Beleza, Marcão. A explicação era desnecessária. Você sabe que a mesa fica pegando qualquer coisa para apimentar a resenha e dar o tom maneiro e com humor do que se passa em cada rodada. Que a menina Letícia venha encher de felicidade a sua casa e traga alegria aos pais e irmão. Ser pai de filha é diferente. O beijo estalado recebido ao chegar em casa depois de um dia de trabalho é bálsamo e combustível para seguir firme na vida e dar a eles – os filhos – o que de melhor podemos dar.  Parabéns pelo belo presente, em nome de todos os colegas que participam do 14º Campeonato de Mini-futebol da ASTRA 21.

No segundo tempo o massacre permaneceu. O TJ endemoniado. A SEA feito Madres Tereza de Calcutá. Num escanteio, o único vacilo do TJ, deixando as portas do Purgatório totalmente abertas, mas Bulhões não teve a calma para empatar a partida.

E o TJ jogava por música. A dupla Marquinho e Marcão, sertaneja ou não, fazia a alegria do TJ em dia de Rock in Rio e botava a SEA para dançar.

Nos últimos minutos, o estreante coroou a estreia com dois gols dando números finais a partida. Agora o TJ pega a OAB e o Real Natal pega o Meia Boca. TJ com 9 pontos e Real Natal com 10 pontos brigam pela última vaga na semifinal.

No próximo fim de semana tem rodada cheia e a definição dos classificados.   



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